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Classe baixa lidera a demanda nos nichos de vida e residencial


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Fonte: Funenseg




A população brasileira das classes mais baixas está mais interessada em adquirir seguros residenciais e de vida do que a parcela que está no topo da pirâmide social. Esta é a constatação de uma pesquisa realizada pelo instituto Data Popular a pedido da corretora Aon Affinity do Brasil, especializada em seguros massificados.

Segundo o levantamento, que contou com a participação de 966 entrevistados em São Paulo, entre as pessoas que gostariam de ter seguro de casa, 81,5% tem renda familiar de até 10 salários mínimos. Em relação ao seguro de vida, 72% do mercado potencial desta modalidade está na baixa renda, que já detém mais apólices que a alta renda - 60,3% dos entrevistados que já possuem seguro de vida são das classes C, D e E.

Não por acaso, a pesquisa também indica que a penetração destas duas categorias de seguros ainda é relativamente baixa entre a população de menor renda. Dados do levantamento apontam que entre os entrevistados pertencentes à classe A, 54,7% declararam possuir seguro de vida, contra 36,8% na classe B, 26,6% na classe C e 17,9% nas classes D e E. O percentual de entrevistados que declarou possuir seguro para casa é bem inferior. Entre os entrevistados da classe A, 15,1% disseram possuir seguro residencial. Na classe B, o percentual é praticamente o mesmo: 15,9%. Já na classe C o índice é de 10,7%.

Preço e distribuição

De acordo com Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular, grande parte da população das classes C, D e E é formada por trabalhadores que não têm carteira assinada ou trabalham de maneira autônoma, situações que não oferecem muita segurança financeira. Apesar desta demanda, muitos não adquirem apólices porque o preço é elevado, as condições são difíceis de entender e eles temem comprar coberturas que não necessitem. José Macedo, CEO (Chief Executive Officer, o principal executivo) da Aon Affinity do Brasil, diz que o desafio está em criar produtos de baixo custo, com cobertura adequada à realidade da maioria da população brasileira. "É preciso também desmistificar os seguros, mudar a percepção de que são um gasto a mais e tornar o acesso a eles menos burocrático", completa.

Os entrevistados no levantamento apontaram ainda que no momento da compra do serviço, buscam um meio que transmita solidez e não necessariamente um histórico na venda de seguros. A percepção aponta para um dos principais desafios do mercado de seguros populares: tornar os canais de vendas alternativos, como concessionárias de energia, telefonia e redes de varejo, uma opção tão sólida quanto as convencionais.


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