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SulAmérica adianta conversão ao IFRS


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Fonte: Gazeta Mercantil / Finanças & Mercados / SP


A SulAmérica, um dos principais grupos seguradores do País, quer se adiantar no processo de alinhamento às normas internacionais de contabilidade. Com o objetivo de aplicar as novas regras, a empresa anuncia hoje o nome de seu novo diretor financeiro. Trata-se de Sérgio Borriello, que era responsável pela área de controle de subsidiárias da empresa desde fevereiro.

O executivo substituirá Kevin Martins da Silva, que retorna para o ING (empresa acionista da SulAmérica) nos Estados Unidos.

Um dos principais desafios de Borriello à frente do novo cargo será o de viabilizar a migração de modelo contábil até o fim deste ano. A SulAmérica pretende publicar seu balanço consolidado de 2009 com todas as alterações.

Com a aprovação da Lei 11.638, no fim do ano passado, empresas de capital aberto e de grande porte terão de divulgar, até 2010, balanços consolidados que as aproximam do modelo IFRS (International Financial Reporting Standards). "Como a empresa está inserida em uma atividade altamente regulada, achamos prudente começar a imple-mentar o IFRS com cerca de um ano de antecedência", diz.

A seguradora contratou a Deloitte para fazer as adaptações.

A empresa de auditoria já realizou, segundo Borriello, análises sobre a implantação do modelo. A SulAmérica não divulga dados sobre os custos para realizá-la.

A complexidade das normas - que baseiam-se em princípios e não em regras escritas - e as particularidades do setor de seguros não são as únicas motivações para que a SulAmérica se adiantasse ao processo de conversão. "Nosso desafio é transpor do universo meramente contábil informações importantes para os nossos investidores", diz Adiantar-se à migração para o IFRS é uma decisão ligada à estratégia da empresa, pois permitirá que sejamos comparados, com os mesmos indicadores, às empresas de todo mundo", detalha. Segundo o executivo, a SulAmérica vem prepa-rando funcionários para conversão. "Essa é uma área em que nos estruturamos bem", diz

Novas oportunidades

Desde meados do ano passado, a SEC ( Securities Exchange Comission), que fiscaliza o mercado de capitais norte-americano, aceita a listagem de companhias que divulgam seus resultados unicamente em IFRS. O órgão também desobrigou as empresas a terem uma outra contabilidade no sistema, o que facilita captações de companhias nas bolsas do país. "Não temos, no momento, um plano bem desenhado para buscar recursos no exterior. Mas não há dúvida de que a divulgação dos dados em IFRS abre essa janela em um momento oportuno", explica Borriello.

Em fevereiro de 2007, antes de abrir seu capital, a companhia recorreu a uma dessas operações. Captou US$ 200 milhões em dívida com prazo de cinco anos.

No início de outubro, com seu IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês), a SulAmérica levantou R$ 775 milhões. O valor leva em consideração a captação bruta com a listagem e inclui o exercício de um lote suplementar na Bovespa.



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