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Em cada fase da vida, um foco diferente de investimento


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Fonte: Diário do Nordeste / Negócios / CE


Planejar, guardar e aplicar. Essas três palavras devem nortear as finanças pessoais por toda a vida. É com elas que se pode pensar em um curso de pós-graduação. Ou na compra da casa própria e, num futuro mais adiante, em ter uma velhice confortável. E como a vida é feita de fases, os investimentos devem variar de acordo com cada uma delas.

O consultor Paulo Adriano Freitas Borges elaborou um roteiro detalhando os investimentos certos para determinada idade, sem pular etapas, mas sempre tendo em mente que não se pode deixar ´o bonde passar´. A primeira recomendação é que, ao conseguir o primeiro estágio, o jovem reserve pelo menos 30% da bolsa-auxílio mensal para a formação do capital. O salário pode ser baixo, mas os gastos também não são altos. É comum que o jovem more na casa dos pais e não precise pagar as contas mais pesadas, como as de alimentação, água, luz, telefone, condomínio ou aluguel.

Boa parte do dinheiro do estágio deve ser aplicado em ações na Bolsa de Valores. O restante pode ser colocado na poupança. ´Não se deve colocar todos os recursos disponíveis na mesma aplicação É preciso diversificar os investimentos´, também ensina o economista Luís Carlos Ewald, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro.

Freitas Borges lembra ainda que, antes dos 30 anos, a pessoa deve esquecer a idéia de comprar um imóvel próprio. O motivo é simples: é preciso, antes de tudo, formar uma reserva e investir na formação profissional, com o intuito de conseguir um salário melhor no futuro. Financiamentos imobiliários são de longo prazo e acabam por ´amarrar´ a pessoa a um emprego - e não ao planejamento da carreira. ´A casa própria deve ser pensada quando o trabalhador tem entre 30 e 35 anos e já está planejando ter filhos´, diz.

´E, se possível, deve ser paga à vista. Se não der, dê uma entrada maior e financie o restante em, no máximo, três anos.´

Ainda assim, é fundamental lembrar que a aposentadoria paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode não ser suficiente para manter o mesmo padrão de vida no futuro. Por isso, é essencial investir em um plano de previdência privada, uma espécie de poupança a longo prazo.

Conforme a idade vai avançando, o trabalhador também deve mudar o destino das aplicações, adequando-se aos novos estágios da vida. A principal recomendação é que, após os 45 anos, a pessoa evite investimentos de risco.


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