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Microsseguro e a tão aguardada chegada do seguro popular


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Fonte:Negocios Para Corretores

Conhecido também como seguro popular, o produto tem um mercado em potencial de 100 milhões de pessoas no Brasil e poderá movimentar até 170 bilhões de dólares nos próximos anos; mas, e o que o corretor tem a ver com isso?


Quando o professor Mohammed Yannus, mais conhecido como o banqueiro dos pobres, ganhou o Nobel da Paz em 2006, uma reflexão se pôs à mesa: qual seria a verdadeira função social das entidades financeiras; até onde poderia atuar uma empresa privada no desafio de trazer bem estar à sociedade? Na ocasião, Yannus foi agraciado com a honraria juntamente com o banco que fundou, o Grammen Bank, por conceder microcréditos a mais de 3,8 milhões de pessoas no Bangladesh.

A experiência bem sucedida pode servir como referência à nova etapa que o mercado de seguros se prepara para encarar. O Microsseguro, definido como um grupo de coberturas destinadas a pessoas que ganham até 4 reais por dia, é considerado como um irmão do microcrédito inventado por Yannus. Dentre suas finalidades está também o desafio de diminuir a pobreza e o da inclusão social. Através de uma apólice contratada por menos de dez reais mensais, o segurado poderá proteger seu patrimônio e atenuar quedas bruscas de renda, frutos de trabalho autônomo ou por desemprego, por exemplo.

Existe uma adaptação de seguros de pessoas para este grupo social, e evidente isso não é o ideal, analisa o Consultor de Seguros e Professor da Funenseg, Albano Gonçalves. Trabalhar com a base da pirâmide social sempre foi um desafio para o mercado segurador. Um novo desafio se abre agora para quem trabalha com vendas de apólice: um público novo, em grande volume, com necessidades diferenciadas e ainda pouco familiarizado com o seguro.

Viabilizar um modelo de apólice para o público de baixa renda não é só uma preocupação brasileira. CGAP (Consultative Group to Assist the Poor), consórcio composto por 33 agências de desenvolvimento, públicas e privadas, cuja missão é expandir o acesso aos serviços financeiros para os pobres de países em desenvolvimento, criou em 2006 um grupo de trabalho de Microsseguro Internacional. O Brasil lidera estes estudos, por meio da Susep, que centra esforços para que o seguro torne-se uma realidade nos lares brasileiros.


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