Notícias

Eficiência na análise documental de veículos.


Fonte:

Fonte:RTJSA

Desde 1998, com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as companhias de seguros ficaram obrigadas a passar em seu nome os veículos sinistrados. Uma década depois, esse ainda é um processo que dificulta o trabalho das seguradoras.

Quando há perda total, é preciso resgatar toda a documentação do veículo e do segurado antes de pagar a indenização. Apesar de parecer simples, esse é um procedimento suscetível a fraudes, irregularidades e erros técnicos.

Só a análise correta da documentação permite à seguradora identificar todos os tipos de restrições, inclusive judiciais e tributárias, além de débitos pendentes, como multas, IPVA, seguro obrigatório, etc.
Procedimento que precisa ser ágil, para que a seguradora consiga pagar a indenização no menor prazo possível, garantindo assim sua boa imagem e um diferencial de mercado, além da satisfação do segurado, fidelizando-o na renovação do seguro.

É justamente devido a essa pressão comercial que as seguradoras precisam de assessoria técnica em documentação de veículos, capaz de fazer com agilidade essa criteriosa análise documental, que as deixam menos suscetíveis a fraudes.

Essa eficiência no sinistro garante às seguradoras benefícios na etapa seguinte. Isso porque, após o pagamento da indenização ao segurado, a companhia torna-se proprietária do salvado, que é todo veículo recuperado do sinistro.

Mas se não bem administrado, o salvado pode significar prejuízos. A partir da transferência do veículo em seu nome, a companhia é responsável pelo pagamento de todos os impostos inerentes ao bem. São taxas que se repetem ano a ano, por isso o salvado tem que ser liquidado de forma ágil. Além disso, quanto mais tempo o veículo permanecer parado no pátio, mais sujeito fica à deteriorização causada pela exposição ao tempo, perdendo seu valor de mercado.

Por isso, no salvados, somente a imediata transferência do veículo em nome da seguradora garante a disponibilidade deste bem para venda em leilão com rapidez. Em alguns casos, é preciso ir até os pátios das companhias, para averiguar in loco se a situação documental corresponde com as características do veículo. Esse procedimento garante segurança extensiva para quem arremata o bem salvado no leilão.
Segundo estimativas do setor, com sinistros e salvados o mercado segurador recupera cerca de 70 mil veículos por ano, o que corresponde a mais de R$ 600 milhões. Porém, enquanto algumas seguradoras conseguem reduzir em média 10% dos seus custos com a venda dos salvados, outras ainda não atingem 4%.

Portanto, somente a seriedade na análise documental e uma estrutura preparada, com profissionais com conhecimento técnico sobre cada documento garantem às companhias redução dos prejuízos.

Quanto menores forem as fraudes nos sinistros e quanto mais se reduzir os prejuízos nos salvados, mais as companhias conseguem liquidez em seus negócios de seguros de autos. Ao final desse processo, o consumidor também se beneficia, com seguros mais baixos.

Por: Elza Aguiar (Administradora de empresas, bacharel em Direito e diretora de negócios da Marinho Despachantes, empresa brasileira com 40 anos de experiência em consultoria técnica em documentação de veículos)


« Voltar