Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.
Fonte:
Fonte: Jornal da Manhã - Marília | SP
A indústria de seguros diz que, se a Lei Seca for cumprida no longo prazo, haverá redução nas despesas com sinistros e repasse de ganhos aos clientes. Previsão que é vista com cautela pelos corretores.
A Lei Seca prevê multa de R$ 955 reais, suspensão do direito de dirigir por um ano e até mesmo pena de prisão para quem guiar embriagado um veículo. Apesar de ainda não haver estatísticas nacionais precisas sobre o impacto da nova legislação, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, desde o dia 19 de junho, quando a lei entrou em vigor, o número de mortes no trânsito caiu 57% nos dias em que houve blitze da Polícia Militar. Dados preliminares divulgados pelos principais hospitais paulistanos também confirmam a redução no número de pessoas atendidas após acidentes de veículos em 55%. Representantes do setor afirmam, porém, que são necessários de três a seis meses de estatísticas para avaliar o impacto da nova lei e repassá-lo aos preços.
Essa redução no número de acidentes deve refletir na estrutura de custos das seguradoras de automóveis, que têm nas colisões a segunda maior fonte de despesas. Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Leoncio de Arruda, a estimativa é de que haja uma redução nos preços das apólices de até 20% nos próximos meses.
Na avaliação do Corretor de Seguros, Luís Antônio Bonadio, com a manutenção da Lei Seca a redução no valor do seguro vai ser necessária e positiva para o consumidor. "Quando a seguradora determina os preços já calcula todos os riscos. Se o número de acidentes cai, deve também cair o valor do seguro. Mas isso deve acontecer a longo prazo", afirmou.
Para o corretor de seguros, Gil Braga qualquer avaliação é prematura. De acordo com ele, é necessário um período maior para avaliar os resultados da Lei Seca antes de falar em redução no valor dos seguros. "Eu, particularmente, não acredito em redução no valor do seguro, mas é preciso esperar para ver. Ainda é muito cedo para fazer qualquer previsão", afirmou.
Se todo o benefício for realmente repassado ao consumidor, o ganho para as empresas ocorrerá com a ampliação do mercado potencial. Hoje menos de 11 milhões dos 45 milhões de veículos que rodam no Brasil estão segurados.
Estatísticas da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), organização representativa das seguradoras de ramos elementares gerais apontam que, de cada 100 carros, 12 batem por ano. E, de todos os acidentes que ocorrem, cerca de 20% estão relacionados com a ingestão de álcool.
Das indenizações que geram maior custo ao mercado segurador de veículos, dadas por danos corporais, acredita-se que cerca de 50% estejam de alguma maneira envolvendo a embriaguez.
Segundo dados da Fenseg, as indenizações pagas por causa de colisões (com perda total ou parcial) representaram 54% (R$ 2,5 bilhões) dos desembolsos totais das seguradoras de veículos no ano passado. Roubo e furto são a segunda causa de indenizações, aproximadamente 42% do total dos pagamentos de 2007.
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.