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Fonte:O Povo /Artumira Dutra
O preço do seguro de veículos pode cair até 15%, daqui há três meses, por causa da redução de acidentes de trânsito provocada pela chamada "lei seca"
O mercado de seguro de veículos aposta na queda de preço das apólices das seguradoras por conta da redução do número de acidentes de trânsito com a chamada "lei seca", que proíbe a ingestão de bebida antes de dirigir. O presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Jayme Garfinkel, estabeleceu o prazo de três meses para que o mercado eventualmente reavalie os preços do seguro de automóvel, a fim de incorporar os efeitos positivos da lei, que está reduzindo fortemente o número de acidentes de trânsito (e, em conseqüência, das vítimas) no País.
De acordo com a Fenseg, as indenizações pagas por colisões (com perda total ou parcial) representaram 54% (R$ 2,5 bilhões) dos desembolsos totais no ano passado. Roubo e furto figuraram como a segunda causa de indenizações de carros de passeio nacionais, respondendo por 42% do total dos desembolsos de 2007. "O que se sabe até agora é que o número de vítimas de acidentes caiu, mas o mercado de seguros ainda precisará de mais algumas semanas para identificar a tendência da sinistralidade".
A Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro, disse, através da sua assessoria no Rio de Janeiro, que a lei ainda é muito recente e que não existem estatísticas para permitir uma análise mais profunda sobre o tema. "É preciso aguardar mais um tempo", completa.
O presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado do Ceará (Sincorce), Manoel Nésio Sousa, diz que existe a expectativa de mercado que o seguro fique mais barato. "Esperamos que aconteça logo, até agosto ou setembro, mas não sei se essa lei, que é muito importante, vai pegar mesmo", pondera. Adianta que a queda, se houver, deve girar entre 10% e 15%.
Jayme Garfinkel diz, em nota divulgada pela Fenseg, que se caírem o número de vítimas de acidentes de trânsito e baixarem os sinistros por colisões, tudo vai diminuir e impactar positivamente no preço do seguro. Ele prefere não endossar as primeiras projeções de queda mínima de 10%. Observa que o mercado de seguros experimentou também uma abrupta queda da sinistralidade nos primeiros meses de adoção do Código Nacional de Trânsito, atualizado em 1998, mas depois tudo voltou a ser como antes do código. "A fiscalização será o divisor de águas da Lei Seca. Se as pessoas acreditarem que haverá fiscalização, a tendência é de forte queda do número de acidentes; nas regiões em que não houver fiscalização adequada, a sinistralidade por colisões não tende a cair nem os preços cobrados", destaca, considerando que uma eventual redução dos preços do seguro contribuirá para aumentar a base de clientes.
Manoel Nésio estima que hoje cerca de 30% da frota cearense, em torno de 1,3 milhão de veículos, seja segurada. Mas destaca que o brasileiro em geral não tem a cultura do seguro. "Tem muita gente só faz o seguro quando compra o carro na concessionária e depois não faz mais porque não pode pagar e outros que são milionários e não têm esse cuidado", comenta.
Emais
Seguro
- O mercado diz que o preço do seguro de veículos vai cair por causa da redução de acidentes de trânsito provocada pela Lei Seca, que proíbe o consumo de praticamente qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores. Mas não existe consenso sobre quando isso aconteceria. Alguns falam que será daqui a três meses e outros falam em até seis meses
- O percentual de queda também varia. Para alguns, a queda pode ser de 10% a 15% do valor atual do seguro. Outros apostam numa queda menor ou maior. A Fenseg prefere não estimar de quanto seria a redução
- Segundo o presidente do Sincor-CE, o valor médio de um seguro para um carro popular (1.000 cilindradas) bem feito - com as coberturas certas para o casco no valor de mercado e contra danos a terceiros de no mínimo R$ 100 mil), custa um pouco mais de R$ 2 mil.
- A nova lei, que passou a vigorar em junho, determina que o motorista não pode apresentar nada de álcool no sangue. A multa é de R$ 955 e o motorista ainda pode acabar preso.
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