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Fonte: Funenseg
O que você precisa saber para investir seu dinheiro em PGBL ou VGBL, os planos de previdência mais populares do mercado
Amauri Segalla
Alguns corretores de seguros costumam brincar com as siglas PGBL e VGBL, os planos de previdência privada mais populares do mercado. "Se fazem sucesso apesar do nome complicado, imagine como seria se tivessem sido chamados de forma mais simples", dizem eles. Criados pelo governo para incentivar a poupança interna, o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) fazem parte hoje do universo de milhões de brasileiros. Poucas aplicações financeiras são tão procuradas. Segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, os recursos acumulados pelos participantes do VGBL totalizaram no fim de 2007 R$ 57,8 bilhões, um salto de quase 40% ante 2006. Embora tenham crescido menos, os investimentos em PGBL também evoluíram consideravelmente, chegando a R$ 33,7 bilhões - 22% a mais que em 2006. "Esses dois planos fazem sucesso não apenas porque os brasileiros estão mais preocupados com a aposentadoria, mas porque se tornaram uma das mais atraentes aplicações
financeiras disponíveis no mercado", diz Osvaldo do Nascimento, diretor-executivo do Itaú Vida e Previdência.
Entender as diferenças entre os dois planos é fundamental no momento de escolher onde colocar o dinheiro. As siglas são complicadas, mas o funcionamento deles é fácil de entender. Basicamente, o investidor precisa levar em conta seu regime tributário. Quem preenche o formulário completo do Imposto de Renda deve dar preferência para o PGBL. Isso porque, ao contratar esse fundo, o contribuinte pode usar o investimento para abater até 12% de sua renda tributável. Ou seja, o plano ajudará a combater as garras do Leão, assim como os recibos de médicos e os comprovantes de pagamento da escola dos filhos.
O imposto que a pessoa não pagou ao investir no PGBL será cobrado quando ela fizer o saque. Nessa hora, o dinheiro sofrerá as mesmas alíquotas aplicadas aos salários (de 15% a 27,5%) ou poderá ser tributado pela tabela regressiva criada pelo governo, que tem taxas que variam de 10% a 35% (a escolha entre uma das tabelas fica a cargo do investidor). Por essa razão, o PGBL é indicado principalmente para quem vai usar a previdência com o propósito de se aposentar. Se o dinheiro for sacado num prazo curto, a tributação torna-se excessiva e a pessoa provavelmente terá perdas.
O VGBL destina-se principalmente a pessoas que são isentas de pagamento de Imposto de Renda ou fazem a declaração por meio do formulário simplificado. A principal vantagem para o investidor do VGBL é que ele pagará imposto apenas sobre o que faturar com a aplicação financeira, o chamado "ganho de capital". Um exemplo: se 70% do fundo for resultado de depósitos e os outros 30% vierem do ganho de capital, a tributação incide apenas sobre o rendimento obtido pelo que foi aplicado (os 30%), da mesma forma que ocorre com os fundos de investimentos. As alíquotas são as mesmas do PGBL. "O VGBL democratizou o acesso a fundos de previdência", afirma Lúcio Flávio Oliveira, diretor-comercial do Bradesco Vida e Previdência.
Nos dois planos, o investidor vai arcar com as taxas cobradas pelos bancos, que variam muito de acordo com a instituição
Tanto no PGBL quanto no VGBL o investidor pode escolher o perfil (de moderado a agressivo) em que deseja investir. A instituição contratada aplica o dinheiro em fundos de renda fixa ou em fundos que misturam renda fixa e ações, sendo que neste último caso a participação das ações não pode ultrapassar 49% do total investido.
Nos dois casos, o investidor vai arcar com as taxas cobradas pelos bancos. A de carregamento deve ser paga sobre cada montante depositado, variando de 0,5% a 3%, dependendo da instituição. A de administração é paga anualmente, oscilando de 1,5% a 3% do valor total do fundo. "Além de ficar atenta a essas cobranças, a pessoa deve ter em mente que pode mudar de instituição, mas não de plano", diz Nascimento, do Itaú. Se você optar pelo PGBL, terá de continuar com ele até a aposentadoria. O mesmo vale para o VGBL. Obviamente, se houver disponibilidade de recursos, nada impede que o investidor tenha uma carteira com diversos tipos de plano.
Além de ter cuidado na definição do plano, o investidor deve ser criterioso na escolha da instituição financeira que o acompanhará por um longo prazo - muitas vezes, até o fim da vida. Os especialistas recomendam empresas sólidas e com tradição no mercado, e não considerar apenas aquelas que cobram menos.
Ele ficou com os dois planos
Diretor de uma indústria catarinense da área de implementos rodoviários, José Carlos Spricigo, de 44 anos, possui os dois tipos de plano. Por ter renda elevada, ele declara seu Imposto de Renda no formulário completo, o que o incentiva a ter um PGBL. Ele também contratou dois planos VGBL para os filhos de 9 e 12 anos, que deverão sacar o dinheiro aos 18 anos. "O VGBL prevê a retirada a curto prazo, e será fundamental para a educação das crianças."
O perfil de cada plano
As diferenças entre PGBL e VGBL, os principais produtos de previdência privada
PGBL
Para quem é indicado
Investidores que optam pelo formulário completo na declaração de Imposto de Renda
Investidores que vão usar a previdência com fins de aposentadoria
Vantagem
O investidor pode deduzir do Imposto de Renda até 12% de seus rendimentos. Um exemplo: se ele tiver uma renda anual de R$100 mil, a base de cálculo será, para efeito de tributação, de R$88 mil
VGBL
Para quem é indicado
Investidores que declaram Imposto de Renda pelo formulário simplificado ou que são isentos
Investidores que desejam dispor do dinheiro num período mais curto
Vantagem
Na hora do resgate, a tributação não incide sobre o valor total do saque, mas apenas sobre os rendimentos obtidos. Esse imposto será cobrado pela tabela regressiva da Receita Federal
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