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Fonte : Roberto Tenório/Gazeta Mercantil
O número de apólices de seguro contra possíveis danos climáticos nos pomares de maçã pode crescer entre 30% e 35% neste ano, segundo estimativas do setor. A expectativa é que a erradicação da principal praga desta fruta eleve a demanda pelo produto. Atualmente, dos 35 mil hectares da área cultivada, 19 mil hectares estão segurados - número que pode chegar a 24 mil hectares até o final do ano. As apólices existentes hoje somam R$ 270 milhões de capital segurado, com um prêmio de aproximadamente R$ 23 milhões.
No ano passado, o setor recebeu R$ 1,2 milhão em investimentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para combater a principal praga da fruta: a Cydia Pomonella. Em parceria com os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina - responsáveis por 95% da produção do País - e a Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (Abpm), conseguiu-se praticamente erradicar a infestação. Oriunda da Argentina, a praga se instala por uma mariposa que, em contato com a fruta, gera uma larva. Quando fora de controle, a Cydia Pomonella pode causar perdas de até 50% na produção, além de aumentar em US$ 450 por hectare os custos com inseticidas. A estimativa é que a colheita deste ano seja de 850 mil toneladas, 14% menor que a de 2007, devido a problemas climáticos.
Para especialistas do setor, existe uma certa correlação entre o crescimento dos seguros e a erradicação da doença. Com menos gastos com inseticidas, o potencial para investimento nos pomares aumenta, o que inclui a proteção contra possíveis prejuízos climáticos. O produtor de maçã em Vacaria (RS), Fabiano Mussato, que tem toda o seu pomar segurado, concorda com a teoria e explica que ganha com a erradicação da praga, por conseguir entrar na Europa. 'Lá existe um controle rígido em relação a doenças'. Para ele, a subvenção ao prêmio do seguro também ajuda a difundir o uso da apólice. No ano passado, do total subvencionado, 18% foram para a maçã. Na sexta-feira, o governo federal informou que assinou o termo aditivo para que as empresas habilitadas ao programa de subvenção possam operar. Estão previstos R$ 200 milhões em subsídios.
Geraldo Mafra, diretor comercial da Seguradora Brasileira Rural, acredita que existe um potencial muito grande para a fruticultura. 'É só observar os números e ver que não se trata de um mercado pequeno', referindo-se ao capital e ao prêmio segurado. A maçã foi o segundo produto mais subvencionado pelo governo federal em 2007, atrás apenas da soja.
O presidente da Abpm, Pierre Nicolas Peres, disse que os investimentos para a erradicação da praga ajudarão outras culturas, como o pêssego, a nectarina, a ameixa e as nozes, que são atacadas pelo mesmo inseto.
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