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Seguro de carro é até 50% mais caro para morador da zona leste e ABC


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Fonte: O Globo Diário de S.Paulo

Os moradores da zona leste e do ABC pagam até 50% mais na hora de contratar o seguro do carro. O motivo é o maior número de ocorrências registradas nessas regiões, como roubos e batidas. Quanto maior o risco, mais caro o seguro.

- O preço varia de acordo com a criminalidade na região. Pesam os roubos de carro, números de batidas e incêndios de automóveis. Tudo entra no preço final - detalha o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Leôncio Arruda. Ele explica que essas são as regiões onde mais ocorrem essas situações.

Na outra ponta, os bairros dos Jardins, Moema e Campos Elíseos são os mais tranqüilos.

- Quem mora neles tem um seguro mais barato - garante o presidente do sindicato.

Levantamento realizado pela Indiana Seguros, entre julho de 2005 e junho de 2006, mostra que a cada cem veículos segurados na Zona Leste pela empresa, 4,5 foram roubados. Na região central, local menos visado pelos ladrões, esse número cai para 2.

Uma simulação feita pela empresa, em 2007, mostrou que o seguro para um Fox 1.0 zero-quilômetro fica em R$ 2.247 na Zona Leste. Já o segurado do Jardins, com o mesmo perfil, paga R$ 1.432 - uma diferença de 57%.

Por isso, os corretores de seguro olham o CEP na hora de definir o preço. Às vezes quem mora em uma mesma avenida pode pagar mais dependendo da altura. Além disso, fatores relacionados ao perfil do cliente também pesam no preço, como idade e se tem filhos que dirigem o veículo. Quanto mais jovem e mais pessoas usando, mais irá custar o seguro.

O preço do seguro varia também de acordo com o modelo, segundo o presidente da Federação Nacional de Corretores de Seguros (Fenacor), Sérgio Petzhold. Corresponde, em média, entre 3% e 3,5% do valor do veículo.

Preço deve cair em seis meses

Até o começo do ano que vem o preço do seguro de carro deve cair entre 10% e 20%, avalia o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Leôncio Arruda. O motivo é a rigidez da lei seca, que fez com que o índice de batidas violentas caísse cerca de 50%.

Já o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenaseg), Jayme Garfinkel, estabelece prazo menor, de três meses.

- Se caírem as vítimas de acidentes e baixarem os sinistros por colisões tudo vai diminuir e impactar positivamente no preço - avalia sem falar em percentuais.


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