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Seguro de automóvel retoma otimismo e prevê crescer 15%


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Fonte: DCI OnLine | SP

O mercado de seguros de automóveis está cada vez mais promissor. Após o fraco desempenho no ano passado, quando cresceu apenas 6,5%, com faturamento de R$ 17,3 bilhões, contra 15,5% em 2006, o mercado já retoma suas expectativas de expansão para 15% no final de 2008. Os resultados podem ser observados nos dados, divulgados pela Superintendência de Seguros privados (Susep), dos cinco primeiros meses do ano, que apresentou faturamento de R$ 8,4 bilhões, ante R$ 7,3 bilhões no mesmo período de 2007, - alta de 14,4%.

Para o vice-presidente de Automóveis da Mapfre, Jabis de Mendonça Alexandre, o baixo desempenho de 2007 foi reflexo das excessivas taxas de descontos oferecidas pelas seguradoras devido a concorrência. Além disso, o crescimento da indústria de automóvel sempre está acima do mercado segurador. "O segurado que troca de carro tem um abatimento no valor da apólice", diz Alexandre. Segundo ele, as taxas de desconto já foram reavaliadas pelas seguradoras este ano, o que vai contribuir para o ganho no valor da apólice. "Pretendemos crescer 29% em faturamento no final de 2008", afirma Alexandre.

A Mapfre teve faturamento 27% maior no primeiro semestre de 2008, com cerca de R$ 700 mil em prêmios emitidos. O resultado foi bem acima da média do mercado, que apresentou crescimento de cerca de 10%. Segundo dados da Susep, o ramo de automóveis representa 31% do mercado brasileiro.

Segundo o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Empresas Corretoras de Seguros de Saúde, de Vida, de Capitalização e Previdência Privada no Estado de São Paulo (Sincor-SP), Leôncio de Arruda, as facilidades oferecidas pela indústria de automóveis para a venda de carros novos no final do ano e as promoções das seguradoras sempre levam à expansão desse segmento no segundo semestre.

Para ele, a queda da sinistralidade devida à redução do número de acidentes influenciou o baixo resultado em 2007. Segundo o presidente do Sincor-SP, o valor do seguro também deve começar a diminuir daqui a três meses, devido aos reflexos da Lei Seca, em vigor desde junho deste ano, o que vai atrair mais pessoas em busca do seguro de seu veículo.

De acordo com Arruda, há 30 milhões de veículos em circulação na frota nacional, dos quais apenas 10 milhões são assegurados, sendo que, destes, 30% são novos e 70% têm menos de cinco anos de uso. "Ainda temos um mercado grande a atingir. Nesse ano devemos crescer 15%", afirma Arruda. Segundo ele, até o final do ano será criada uma nova modalidade de seguro para carros usados, com apólices mais atrativas, facilitando a penetração desse nicho no setor de seguros de automóveis


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