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Seguros para aventura e cruzeiros


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Fonte: Jornal da Tarde

Aventureiros ou apaixonados por cruzeiros teriam dificuldade em encontrar seguros de viagem adequados às suas preferências turísticas alguns anos atrás. Hoje, existemplanos especiais para quem vai esquiar, fazer uma trilha, escalar ou passar um tempo em alto-mar.

Esses novos produtos, em geral, seguem alinha dos seguros convencionais: protegem contra acidentes, garantem assistência odontológica e jurídica e, em caso de morte, dão direito a indenização para o parente indicado, além de cobrir imprevistos como perda de bagagem. A diferença é que acrescentam outros itens no quadro de benefícios.

A Global Assistance Travei, por exemplo, tem um seguro de aventura que cobre a maioria dos esportes radicais. Mas há algumas regras específicas. No caso do montanhismo, o turista não pode passar dos 6.000 pés de altura (cerca de 1.828 metros) para usar o serviço. "A empresa entende que só um profissional pode ir acima disso", explica o presidente, Celso Guelfi.

Já o plano preparado para quem gosta de neve vale para modalidades como o esqui e o snowboard. Mas exclui o luge e o bobsled, esportes de inverno em que os atletas escorregam em pistas de gelo com trenós em alta velocidade.

Guelfi diz que aumentou a procura por esse tipo de seguro. "Eles representam, hoje, 9,5% do nosso volume de vendas." O produto especial para cruzeiros, criado em 2007, responde por quase metade das vendas na temporada, durante o verão. "Antes, esses produtos não eram procurados."

O interesse por planos específicos acompanha também o crescimento do setor - a procura porseguros deviagem foi 30 % maior no último ano, segundo Guelfi.

Em São Paulo, a corretora Kalassa começou a vender seguros de vida que cobrem esportes raidicais em 1998. O proprietário, Paulo Kalassa, resolveu praticar pára-quedismo e precisava de um plano adequado às suas necessidades.

Hoje com cerca de 550 clientes, a empresa só vende seguros para viagens de aventura se o interessado não for participar de competições que envolvam prêmios em dinheiro.

Em alto-mar

No caso dos cruzeiros, o seguro pode ajudar a pagar serviços médicos a bordo, geralmente caros. O preço de uma consulta simples pode chegar a US$ 200, dependendo do navio.

Os planos dão outros benefícios. A Assist Card lançou, há três anos, o cartão Cruiser, que garante reembolso de até US$ 2.000 caso o passageiro cancele a viagem. "Cruzeiros, em geral, não devolvem o dinheiro dos pacotes em caso de cancelamento", justifica a supervisora de Marketing da empresa, Laís Maziero. A cobertura também inclui indenização caso o passageiro tenha de deixar o navio no meio do passeio - mas apenas em caso de doença ou de falecimento de parentes ou de intimação oficial para depor.

O plano dá ainda garantia de US$ 500 para o embarque. Ou seja, o turista que perder a saída do navio tem hospedagem e transporte porte até o próximo ponto de parada da embarcação.

O cartão custa entre R$ 36,80 e R$ 73,60 para viagens de 3 a 10 dias, em cruzeiros em águas nacionais ou no exterior.

No caso da assistência médica, o seguro da Assist exige que o passageiro espere para ser atendido em terra. As emergências podem ser sanadas no navio, com pedido posterior de reembolso. Para os outros serviços, a empresa mantém uma central de atendimento em português.

Agências

A maior parte dos turistas compra o seguro na agência de viagem - geralmente, o preço do serviço é incluído no valor final do pacote. Também são as agências que orientam para o melhor tipo de seguro para cada roteiro.

A Pisa Trekking, por exemplo, vende seguros para esportes de neve que cobrem até US$ 10.000. Na Freeway, outra empresa especializada em roteiros de aventura, o seguro específico custa R$ 19 por sete dias e cobre até R$ 7.000.




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