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Fonte: Diário do Grande ABC Online | Economia
O preço dos seguros para proprietários de veículos que tenham entre 18 e 24 anos caiu cerca de 5% na região. Há exatamente 71 dias em vigor, a Lei Seca, legislação que pune com multas pesadas e até detenção quem dirige após ingerir álcool, já mudou os hábitos dos jovens.
Na prática, o que caiu foi a probabilidade de algo acontecer nessa faixa etária, porque os jovens estão menos expostos agora. "Indiretamente a Lei Seca derrubou o valor dos prêmios, já que, na hora de preencher o perfil do segurado, a avaliação de risco é menor", comenta o corretor de seguros José Valdemir Barbosa Júnior, da JWE, em São Bernardo.
A queda varia de 3% a 5% de acordo com a seguradora. "O seguro de um Celta Life, ano 2008, com opcionais básicos, feito por um jovem entre 18 e 24 anos, por exemplo, ficava, em média, por R$ 2.500 há dois meses; esta semana, a mesma apólice está em torno de R$ 2.375", diz o corretor.
Seguradoras - As seguradoras confirmam a queda dos valores, mas dizem que a associação direta com a Lei Seca precisa ser cautelosa.
"Na verdade o que muda é o hábito do segurado, que já não sai mais todos os dias para balada, não fica mais tanto tempo na rua durante a noite e está menos sujeito a um acidente; conseqüentemente paga um valor menor pelo seguro", comenta o vice-presidente de automóveis da Mapfre, Jabs de Mendonça Alexandre.
"Essa queda existe, mas ainda não pode ser tida como definitiva", explica o diretor de seguro automóvel da Porto Seguro, Marcelo Sebastião. Para ele, é preciso de estatísticas de longo prazo, que apontem para uma redução real. "Se a lei continuar trazendo bons índices, o consumidor será beneficiado", diz.
Na avaliação do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguro no Estado de São Paulo), a competitividade no mercado de seguros, que atualmente conta com 45 empresas, e a redução do número de acidentes e mortes no trânsito devem proporcionar uma queda de 10% a 20% nos preços.
"A tendência é que não só os jovens sejam beneficiados, como outras faixas etárias. Com o movimento noturno reduzido, são menores as chances de roubos e colisões para todos", diz o diretor de automóveis da Unibanco, José Castro Araújo Rudge.
A Itaú Seguros e a Tokio Marine admitem que a queda decorre da mudança de comportamento, mas acreditam que ainda é cedo para saber "se a Lei Seca continuará sendo fiscalizada e eficaz". Todas as seguradoras afiançam que só poderão estabelecer uma redução fixa a partir de janeiro, caso os dados continuem decrescentes.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, até junho, 8.600 veículos foram roubados na região, próximo do total de 2007, de 8.889 carros. Em contrapartida, dados do mês de julho do IML (Instituto Médico Legal) apontam queda de 63% no número de mortes no trânsito. "A tendência é positiva, precisamos seguir este caminho e intensificar as ações, afinal não é só o valor dos seguros, mas vidas que serão preservadas", comenta Sebastião.
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