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Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços | Fina
Segmento já é o maior do mercado de seguros brasileiro, com mais da metade do total: expansão é puxada pelo VGBL, que cresceu três vezes no 1º semestre
A tendência do mercado brasileiro de seguros no ramo Pessoas é se igualar a países de primeiro mundo, onde o produto alcança toda a população. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o seguro de pessoas, que representa a maior fatia do mercado brasileiro, com 51% dos prêmios, também foi o que mais cresceu no primeiro semestre de 2008. Os prêmios diretos do segmento representaram R$ 17,1 bilhões até junho, um crescimento de 24,8% em relação ao mesmo período de 2007, quando representou R$ 13,7 bilhões.
A expansão é puxada pelo produto Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que representa R$ 11,4 bilhões da carteira de seguro de pessoas. No mesmo período, o VGBL cresceu 32,3%, três vezes mais do que o seguro de vida tradicional (cobertura de riscos), que cresceu 11,8%.
Segundo o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros, Empresas Corretoras de Seguros de Saúde, de Vida, de Capitalização e Previdência Privada no Estado de São Paulo (Sincor-SP), Leôncio de Arruda, o VGBL cresce devido aos seus benefícios fiscais, uma vez que não é dedutível do Imposto de Renda. Para ele, o seguro de vida tradicional também apresentou alta devido a isenção da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o seguro. "O segmento de pessoas vai dobrar de tamanho em quatro anos", afirma Arruda.
Segundo o especialista, essa expansão vai contribuir para o crescimento do mercado de seguro, que dobrará de tamanho em cinco anos. "A cultura do seguro de pessoas ainda é nova no Brasil. Acredito que a longo prazo, com a disseminação dessa cultura, vamos nos igualar aos países desenvolvidos", diz Arruda.
De acordo com o gerente técnico de seguro de vida da Chubb na América Latina, Hosannah dos Santos Filho, a seguradora estima crescer acima da média do mercado de vida tradicional. "Pretendemos crescer 20% em 2008", afirma Santos Filho.
Para ele, há bastante espaço para expandir no ramo de vida, mas é preciso criar novos produtos para atrair a população. "A legislação brasileira ainda não permite a criação de produtos que existem no exterior", diz Filho. Segundo ele, nos Estados Unidos, por exemplo, o Universal Life, que oferece junto ao seguro de vida o produto de acumulação de recursos, "é bastante atrativo".
De acordo com o vice-presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada e das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros, Sérgio Petzhold, a previsão é que o ramo vida cresça 15% em 2008. Para ele, há 10 anos a carteira de seguro de vida ao contrário de outros países não apresentava crescimento. "Com o descontrole inflacionário, nenhum corretor trabalhava com seguro de vida", explica Petzhold. Segundo ele, com a estabilidade da inflação, a situação se inverteu. "A tendência do seguro de pessoas é se igualar aos países de primeiro mundo, que têm o seguro de vida disparado em suas carteiras." Para ele, o seguro de pessoas, principalmente o de vida em grupo, tem crescido devido à maior conscientização das empresas em oferecer esses produtos aos funcionários. "Além disso, os próprios funcionários avaliam as condições da empresa por meio dos benefícios de seguro que ela oferece", afirma Petzhold.
Para o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Marco Antonio Rossi, a estimativa que a Bradesco tenha um incremento de 23% no ramo vida sem VGBL.
Para o gerente de Vida e Previdência da Porto Seguro, Silas Kasahaya, o VGBL tem uma característica diferenciada dentro da carteira de seguro de pessoas, já que é um produto de acumulação semelhante à previdência. "Com a conscientização de que no futuro a previdência social não será suficiente, a procura por produtos de acumulação tem aumentado", afirma Kasahaya.
Seguro de Pessoas
O seguro de pessoas engloba dos ramos de Vida em Grupo, Vida Individual (morte e invalidez), Acidentes Pessoais, Acidentes Pessoais Individual, Acidentes Pessoais Coletivo, Renda de Eventos Aleatórios, Prestamistas, Educacional, VGBL e Funeral.
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