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Fonte: Fenaseg
A crise internacional tem agravado a inadimplência nas empresas em vários países. Este é um cenário propício para a venda de seguro de crédito, tanto interno como para exportação. Dois segmentos explorados no Brasil pela Coface, subsidiária de uma das maiores seguradoras de crédito do mundo. "O temor de não receber do cliente ou fornecedor faz crescer a procura pelo seguro de crédito interno e de crédito à exportação", diz Fernando Blanco, CEO da operação local.
O capital segurado pela Coface cresceu 37% no primeiro semestre deste ano, para R$ 22 bilhões, comparado ao mesmo período do ano anterior, em risco de transações de crédito entre empresas no País, bem acima dos R$ 16 bilhões. "Sem dúvida, o crescimento da economia teve papel importante no resultado. Mas a crise americana, com perdas contábeis que já superam US$ 500 bilhões, também estimulou as empresas a buscarem proteção para suas transações no mercado. Há a percepção de que a economia vai bem, mas corre riscos por conta do cenário externo", avalia o presidente da Coface no Brasil.
Para calcular de forma adequada o preço do seguro que garante a inadimplência do fornecedor ou comprador, a Coface monitora dados macroeconômicos e de empresas em todo o mundo. Para cada um dos locais emite um rating. A seguradora, que havia rebaixado a nota de crédito dos Estados Unidos em fevereiro deste ano, em razão das conseqüências trazidas pela crise do subprime, começa a mirar os países europeus. O rating da Coface detecta a deteriorização real do crédito. Entre junho e agosto deste ano tiveram rating rebaixados Espanha, Portugal, Dinamarca, países do Báltico, Turquia. Isso quer dizer que quem quiser importar para esses países terá de desembolsar um valor maior pelo seguro de crédito.
O Brasil está na contramão do mundo. "Os índices de emprego e vendas estão em alta", comenta. Mas isso não inibe o questionamento da Coface quando o assunto é o Brasil. "Se vier uma desaceleração forte da economia do País, tem empresas que poderão ter problemas, pois estão muito endividadas", diz o executivo à matriz.
Segundo ele, o mercado de seguro de crédito pode crescer sete vezes em até oito anos no Brasil em razão de ser um mercado que começa a deslanchar agora. "Saltamos de 50 apólices no primeiro semestre de 2007, para 85 este ano. Avançamos muito em mercados estratégicos como o automobilístico, o químico e o farmacêutico", diz o executivo, que espera encerrar o ano com 100 contratos fechados. As multinacionais são suas principais clientes. As empresas de médio, de capital nacional, já começam a olhar com mais atenção para este seguro e deverão estimular o crescimento nos próximos meses, acredita o executivo.
A Coface registrou lucro líquido de R$ 4,6 milhões no primeiro semestre deste ano, 57% acima dos R$ 2,9 milhões do mesmo período do ano anterior. O faturamento cresceu 207,3%, para R$ 32,3 milhões. "O resultado ficou acima dos R$ 28,9 milhões que faturamos ao longo do ano passado inteiro", diz O executivo destacou o lucro operacional de R$ 4,8 milhões, 50% maior. O patrimônio líquido em junho era de R$ 24 milhões, elevado com o aporte de R$ 8 milhões feito pela matriz em dezembro de 2007.
A Coface é uma das líderes mundiais em seguro de crédito. A companhia, que pertecente ao banco Natixis, detém 500 bilhões de euros em risco de crédito e conta com uma carteira de 120 mil clientes, entre elas 45% das 500 maiores empresas globais. A empresa tem 7 mil colaboradores em 65 países.
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