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Fonte: Funenseg
Apesar do agravamento da crise de liquidez no sistema financeiro dos países ricos neste começo de ano, as empresas e bancos brasileiros continuam a captar recursos no mercado externo e em volumes que ultrapassam os vencimentos de divida externa. Os prêmios pagos subiram e as garantias e seguros exigidos pelos credores, também. Segundo dados do Banco Central, a taxa de rolagem da dívida externa (relação entre desembolsos e amortizações) de empresas e bancos chegou a 231% em média no primeiro bimestre deste ano. Em igual período de 2007, bem mais calmo, quando a crise das hipotecas americanas não havia ainda contaminado os mercados, as amortizações haviam sido maiores do que as captações -a taxa de rolagem foi de 38%.
As oportunidades para obter recursos por meio da emissão de ações na bolsa ou de títulos no exterior se reduziram. As captações no mercado interno com títulos de renda fixa em reais ou empréstimos têm prazo mais curto e volumes menores. Por isso, empresas e bancos decidiram recorrer aos empréstimos externos. "Por causa da volatilidade, os bancos internacionais têm preferido ativos que possam carregar nos balanços sem marcar a mercado, como os empréstimos", diz Alexei Remizov, responsável pela área de mercado de capitais do HSBC.
Os números do Valor Data confirmam que as captações externas continuam em ritmo forte. Nos primeiros três meses deste ano, chegaram a US$ 5, 8 bilhões, valor bem superior ao US$ 1, 8 bilhão de cada um dois til timos trimestres de 2002, na crise eleitoral, quando o mercado externo se fechou ao país.
"O crédito ficou mais dificil e caro, mas o Brasil, no contexto global, está indo muito bem", concorda Charles Stewart, responsável pela área de banco de investimento do Morgan Stanley na América Latina."Os requisitos e controles pedidos pelos credores cresceram para todos, no entanto", diz ele. Ganharam força os empréstimos com a participação de agências de crédito à exportação de países ricos ou organismos multilaterais e de fomento, que reduzem o risco para o investidor e têm vantagens fiscais para o tomador. O crédito à exportação, que tem as vendas externas como garantia, também cresceu, além das securitizações. O BicBanco acaba de finalizar operação vinculada a exportação de US$ 110 milhões. O Unibanco está para fechar operação de US$ 200 milhões.
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