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Fonte: Fenaseg
A crise financeira mundial, desencadeada pelas hipotecadas de alto risco nos Estados Unidos (subprime) e que já trouxe perdas de US$ 1,3 trilhão segundo cálculos do Fundo Monetário Nacional (FMI), foi o tema principal entre os executivos no debate sobre sustentabilidade realizado na sexta-feira no 13º Congresso dos Corretores de Seguros (Conec), promovido pelo Sindicato dos Corretoresde São Paulo (Sincor-SP),em São Paulo.
Normas contábeis, projetos sociais e seguros para garantir a sobrevivência de indivíduos, empresas e países são os principais ingredientes da sustentabilidade, segundo os debatedores do painel, mediado por Leôncio Arruda, presidente do Sincor-SP. "Esta crise certamente trará impactos e ensinamentos para todos", diz
Osvaldo do Nascimento, diretor de seguros, previdência e capitalização do Itaú, destaca que a redução do crescimento do PIB em diversos países deverá reduzir o consumo de seguros, uma vez que a indústria é um reflexo do desempenho da economia.
A crise, por outro lado, reforça a necessidade e a importância das regras ligadas à compliance que serão implementadas daqui para frente. "No nosso setor, o Brasil vem evoluindo de forma avançada neste segmento", acrescenta. As seguradoras deverão finalizar a implementação das novas regras de capital, iniciadas neste ano, até 2012.
Patrick Larragoiti, presidente da SulAmérica, abordou o lado social da sustentabilidade, citando a importância das empresas e indivíduos na construção de um mundo melhor. "Transparência e ética são princípios fundamentais para o desenvolvimento da nossa sociedade, e o Brasil tem feito muito neste sentido", diz. Larragoiti citou um dos vários projetos em que a seguradora está envolvida, como o projeto Praça da Paz, revitalizando praças na busca de oferecer a população mais convivência social.
José Rudge, presidente da Unibanco AIG, enfatizou a necessidade das seguradoras na discussão de questões ligadas às mudanças climáticas. "O aquecimento global vai impactar todos, principalmente nós do mercado de seguros", comenta. Na década de 50, as seguradoras em todo o mundo pagaram
US$ 5 bilhões em prejuízos causados pelo clima. "Em 2005, a conta já chegou a US$ 120 bilhões e a projeção para 2040 é que as indenizações pelas seguradoras chegarão a US$ 1 trilhão somente por eventos climáticos",informa.
Para mostrar que o problema não é só do mundo, Rudge citou os danos causados pela chuva de granizo em Belo Horizonte há três semanas. "Pelos meus cáculos, as seguradoras deverão pagar cerca de R$ 120 milhões somente com este evento", afirma. Segundo dados divulgados por ele, as indenizações causadas por perdas geradas com o clima sairam de US$ 5 milhões para US$ 30
milhões entre 2002 e 2007.
Jayme Garfinkel, presidente da Porto Seguro e da Federação Nacional de Seguros Privados (FenSeg), compartilha da preocupação citada por Rudge. "A FenSeg criou uma comissão para estudar este assunto que tem grande impacto na atividade seguradora", comenta. Segundo ele, entre as iniciativas da comissão estão o mapeamento de áreas sujeitas a riscos de catástrofes, possibilidade de investir em projetos de geração de energia alternativa e também aumentar os investimentos das seguradoras em ações de companhias que compõem o Índice de Sustentabilidade Econômica(ISE)da bolsa paulista.
Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente da Bradesco Seguros e Previdência e da Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), chamou a atenção dos corretores presentes para a importância da indústria de seguros no século XXI. "Este é o segmento da economia que mais vai crescer", diz.
Uma simples conta mostra o potencial do setor de seguros no Brasil. "Somos o décimo maior PIB do mundo e o 19º maior em seguros", cita. Caso houvesse um equilíbrio desta relação, o consumo per capita de seguro passaria dos atuais US$ 220 para US# 1,4 mil. "Imagina o tamanho que a nossa indústria atingiria".
Segundo Trabuco, a sociedade moderna enfrenta diversos riscos e isto acarretará em uma procura maior pelo seguro, seja para previnir as perdas geradas pelas mudanças climáticas, com a volatiliade financeira, seja com o aumento da expectativa de vida. "Viver mais trará riscos financeiros, ocupacionais, médicos bem como abalos na estrutura familiar", enumera.
Em razão de todas essas tendências, cada seguradora do grupo está envolvida em discussões diversas, como longevidade, saúde, riscos ambientais e recuperação das emissões de carbono, como os títulos de capitalização da Bradesco Capitalização, responsáveis pelo plantio de mais de 20 milhões de árvores no projeto Mata Atlântica.
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