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Fonte: Fenaseg
O seguro garantia deverá encerrar 2008 com crescimento de 77%. A grande expectativa para o segmento de seguro garantia está na licitação de concessões rodoviárias que será realizada no final deste mês, elevando os prêmios do garantia para R$ 346 milhões. "Até agosto já atingimos R$ 285 milhões", informou João Gilberto Possiede, presidente da J.Malucelli, seguradora líder de garantia, durante palestra proferida sobre o tema no 13º Congresso dos Corretores de Seguros (Conec), promovido pelo Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP).
Possiede contou aos corretores presentes, que lotaram o auditório, a história do seguro garantia no Brasil e os novos desafios trazidos com a abertura do resseguro. O seguro surgiu em 1967, com o decreto 200, mas foi só em 1978 que foi emitida a primeira apólice no Brasil, para garantir a construção da hidrelétrica Itaipu, pela Seguradora Brasileira de Fianças. Porém, este tipo de seguro começou a ser demandado de verdade em 1996, com o início da privatização das rodovias. "Este foi um fato marcante para o seguro garantia", disse.
Em 1996, por exemplo, o garantia movimentou prêmios de R$ 19 milhões. No entanto, com as normas de Basiléia para bancos, onde as instituições comprometem o patrimônio com o nível de risco que assumem, a carta fiança, principal concorrente do seguro garantia, perdeu sua força. Com isso, o seguro garantia começou a se desenvolver. Até agosto deste ano R$ 285 milhões. O Brasil é o terceiro maior mercado em garantias da América Latina, sendo superado pelo México, com US$ 400 milhões, pela Colômbia, com US$ 125,5 milhões, e pela Argentina, com US$ 94,1 milhões. O Brasil ficou em quarto, com US$ 89,9 milhões, segundo dados consolidados de 2006.
Há grande expectativa no setor com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que trará vários contratos entre governo e iniciativa privada, assim como no setor de energia para aumentar a capacidade produtiva do Brasil. Porém, é no seguro de garantia judicial que Possiede aposta suas fichas. "Este é um grande filão para os próximos anos, que vai competir com a garantia do executante de concessões, hoje líder em vendas no ramo garantia", disse.
Segundo ele, a aposta está fundamentada na necessidade das empresas no seguro de garantia judicial. "Mas é preciso estudar muito bem o caso para vender este seguro. Pois ao contrário do seguro tradicional, é um contrato onde se paga e não apenas se executa uma garantia", alertou o executivo, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do produto no Brasil.
André Dabus, corretor da AD, especializado no garantia, alertou os corretores presentes sobre a necessidade de especialização e dedicação que o seguro garantia exige. "Trata-se de um grande universo. Podemos encaixar o seguro garantia desde a aquisição de uma empresa até em um contrato de continuidade de fornecimento de produto. É preciso ficar claro que o seguro não cobre danos, como estamos acostumados, e sim responsabilidades. Seja a obrigação de fazer algo ou de pagar", diz o corretor.
Segundo ele, entre as principais atribuições de um corretor interessado em operar no garantia está em ser o gestor do processo que tem muita gente envolvida, como advogados, economistas, engenheiros entre outros. "É preciso conhecer as seguradoras para saber quem tem apetite pelo risco. "E quando achar uma, mantenha um relacionamento de longo prazo, de parceria, que é muito importante para este tipo de contrato, onde a responsabilidade do corretor começa muito antes do contrato e acaba bem depois da conclusão da obra", diz. Para ele, fatores subjetivos devem ter um peso maior na escolha da seguradora, como credibilidade, confiança, comprometimento e agilidade.
Para Rogério Vergara, diretor da Mapfre Seguros de Crédito e Garantia, o corretor precisa ficar muito atento às mudanças trazidas com a abertura do mercado de resseguros e a crise financeira mundial. "É a pior crise desde o crash da bolsa americana em 1929. O risco, que antes era do IRB Brasil Re, bancado pelo Tesouro Nacional, agora é da seguradora escolhida pelo corretor", disse ele. O executivo lembrou aos corretores que eles são os responsáveis tanto pela escolha da seguradora, como por analisar o contrato que será alvo do seguro.
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