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Seguradoras criam estratégias para garantir liquidez na bolsa


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Fonte: Funenseg

Em meio à crise financeira internacional, a Porto Seguro, uma das seguradoras brasileiras independentes com capital aberto, busca estratégias para garantir liquidez no mercado.

A Porto Seguro realizou a recompra de uma parte de suas ações no valor de R$ 1,2 milhão em fevereiro de 2008, com o objetivo de aumentar o retorno do lucro sobre o patrimônio líquido (ROE). Porém, com o agravamento da crise, o efeito dessa operação, com duração de um ano, foi anulado. Segundo o diretor de relações com investidores da Porto Seguro, Tadeu Mota, o processo de recompra das ações está em avaliação devido ao agravamento da crise. "Estamos revendo a melhor oportunidade para a recompra", afirma. Segundo ele, essa operação reduz o patrimônio líquido da seguradora e isso melhora o retorno do lucro sobre o patrimônio (ROE). "Apesar desse processo, os fundamentos da Porto Seguro não mudaram. Continuamos fazendo as subscrições com resultados", afirma.

A Porto Seguro realizou IPO em 2004 para resolver uma questão societária da companhia, pelo desejo de um dos seus acionistas de se retirar da sociedade. O patrimônio da seguradora na época era de R$ 939,6 milhões. Hoje, esse valor está em R$ 1,9 bilhão.

Cautela

A Marítima Seguros estaria completando um ano de abertura de capital, mas preferiu agir com cautela no ano passado e esperar os desdobramentos da crise, prevista para estourar em 2008. Para Marivaldo Medeiros, diretor executivo da Marítima Seguros, se a abertura fosse realizada, a seguradora estaria em situação complicada. "Se tivéssemos ações na bolsa nesta conjuntura, o nosso patrimônio teria caído e precisaríamos aportar mais dinheiro", explica. Para ele, as empresas que não abriram capital, circunstancialmente vão fechar o ano melhor. "Com a crise, tanto SulAmérica como a Porto Seguro sofreram bastante. Se por um lado seria excelente que tivéssemos aberto capital para questão de regularizar totalmente Solvência 2, por outro estaríamos em situação desvantajosa em termos de valor da empresa. Então, é preferível aportar recursos próprios como estamos fazendo", afirma.

Para Medeiros, a idéia de abrir capital não está descartada, mas é preciso esperar o mercado se estabilizar. "Estamos com governança corporativa e bem e preparados para fazer IPO a curtíssimo prazo, mas agora não é o momento", afirma. Segundo ele, a longo prazo a tendência é que quase todas as seguradoras abram seu capital, já que o mercado de seguros brasileiro estará bem maduro.


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