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Novo produto da ACE foca setor de turismo


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Fonte: Gazeta Mercantil | Finanças e Mercados | SP

A ACE anuncia hoje o lançamento de um novo produto que deverá gerar uma receita de até R$ 2 milhões em prêmios emitidos no primeiro ano de operação. A seguradora aposta no potencial de crescimento do mercado turístico brasileiro para comercializar um seguro de responsabilidade civil profissional especialmente focado em operadoras e agências de viagem do País.

O gerente de linhas profissionais da ACE, Roberto Guimarães Uhl, revelou à Gazeta Mercantil que a principal estratégia para colocar o novo produto no mercado está baseada em uma parceria com a Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav) que será transformada em balcão de negócios de seguros. "Hoje são conveniadas à Abav 11 mil agências de viagem espalhadas pelo Brasil inteiro. Nós queremos fechar apólices em 1% dessas unidades no primeiro mês." O executivo garante ainda que o crescimento será maior a partir do terceiro ano de operação.

Outra parceira da ACE na empreitada é a corretora Interface, incumbida da parte de vendas.

O novo seguro oferece ao turista a garantia de indenizações em várias situações. Na prática, a proteção é dirigida ao agente de viagens, que recebe o valor da apólice caso seja condenado pela Justiça a ressarcir seu cliente, em razão de algo que não saiu como o planejado.

"As pessoas criam uma expectativa muito grande em torno de uma viagem que programam e quando alguma coisa sai errado elas certamente procuram seus direitos. Nesses casos o sistema judiciário pode ser muito severo, responsabilizando o prestador de serviços pelo ressarcimento de eventuais prejuízos, inclusive comprometendo o patrimônio da empresa", explica Guimarães Uhl. Segundo ele, o seguro cobriria um risco que pode até inviabilizar um negócio. "Muitas agências não têm caixa suficiente para cobrir tais despesas. Nesse caso, uma apólice garante a sobrevivência do negócio."

O presidente da Abav-São Paulo, Edmar Bull, complementa: "É uma coisa nova no mercado, vai ajudar pequenos e médios agentes. Imagina se eu marco uma viagem para Maceió para o dia 20 e o agente emite a passagem para o dia 21. É um erro pontual bastante factível, que gera enormes transtornos e despesas para o cliente. O seguro vem para fazer uma mediação e reembolsar o cliente", diz Bull. Ele conta que as 630 agências de viagem do Estado de São Paulo "deverão responder bem à oferta do novo seguro".

Estratégia

O gerente da ACE destaca que o seguro voltado para o setor turístico tem peso para os negócios da seguradora e também pode ser um bom argumento de venda para os próprios agentes de viagem. Segundo Guimarães Uhl, toda a carteira de produtos da ACE ganhará mais visibilidade. "Estamos dando prioridade dentro dos negócios da ACE porque teremos novas oportunidades para comercializar mais seguros viagem, além de aumentar nossa oferta para empresas do setor."

Além disso, reforça, as próprias agências que operam com uma apólice podem apresentá-la ao cliente como um diferencial na hora de fechar um negócio. "A prestação de serviços nesse setor é muito competitiva e a variação de preço é mínima. Para se destacar, a empresa precisa de um diferencial. Se duas agências de pequeno porte oferecem um mesmo pacote, mas uma argumenta que tem um seguro, é óbvio que o turista tende a escolher essa opção", pondera Guimarães Uhl.

O gerente da ACE explica que o produto foi desenhado de acordo com a operações das agências de viagem. O parâmetro é conservador. "As apólices terão vigência de um ano e estamos levando em conta faturamento, segmentação e o destino das viagens para calcular o risco. A sinistralidade calculada é de 60%."
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Luciano Máximo


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