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Fonte: Zero Hora | Especial | RS
Mercado oferece serviços opcionais para quem busca proteger seu patrimônio.
Cano entupido, pane elétrica, roubo, desmoronamento e incêndio são algumas das muitas situações que podem tumultuar a rotina de uma residência e causar dor de cabeça aos proprietários. Por isso, uma das melhores maneiras de se precaver contra imprevistos é investir em um seguro.
Em comparação com outras modalidades, a demanda pelo seguro residencial no Brasil ainda é pequena. Calcula-se que apenas 8% dos domicílios do país são segurados, mas o mercado tem passado por uma expansão, justificada pelo aquecimento do setor imobiliário e por mudanças de comportamento. Ao comprar um imóvel, muitas famílias preferem optar pelo seguro em vez de correr o risco de passar por situações inesperadas que possam gerar despesas extras ou colocar a perder todo o investimento feito nos bens.
Para aumentar as vendas, as empresas têm buscado adaptar o produto às necessidades dos consumidores e oferecer uma variedade de serviços que vão desde chaveiro, encanador e eletricista até babás para crianças. A Porto Seguro, por exemplo, criou um serviço que permite incluir animais de estimação nas coberturas. A nova modalidade garante três consultas anuais grátis em clínicas veterinárias conveniadas, além de descontos em exames laboratoriais, diagnósticos por imagem e procedimentos cirúrgicos.
A Marítima oferece ao cliente, em caso de roubo, uma indenização expressa para cobrir tudo o que foi levado em, no máximo, 48 horas. Na Caixa Seguros, o segurado conta com serviços de informações 24 horas, de qualquer lugar do Brasil. Assim, ele pode obter pelo celular, em tempo real, dicas sobre roteiros culturais, horários de vôos, informações financeiras, trânsito ou clima. Muitas seguradoras também indicam profissionais para trabalhos como, por exemplo, reformas.
Para Luiz Sakamoto, representante da comissão de riscos patrimoniais da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), o apelo de venda das seguradoras está mais voltado aos serviços do que ao seguro propriamente.
- Normalmente, os opcionais são as partes que mais chamam a atenção do consumidor, já que o pagamento de sinistros não é tão freqüente. As pessoas que buscam o seguro residencial não querem apenas a cobertura do patrimônio, mas procuram uma série de outras facilidades - avalia.
Na opinião de Adalberto Luiz, gerente de marketing de seguros patrimoniais da Caixa, nem todos os brasileiros estão cientes da importância de se contratar um seguro residencial.
- Muitas pessoas acreditam que o seguro terá um custo muito elevado em função do valor do imóvel e bens nele existentes. No entanto, a apólice custa até 10 vezes menos do que a de um seguro de automóvel. O seguro de um carro popular sai, em média, por R$ 1,1 mil. Já a apólice de um apartamento de R$ 300 mil custa apenas R$ 475,55 por ano - exemplifica.
Sakamoto alerta que, diante de tantas opções, antes de assinar o contrato é preciso ficar atento para escolher o plano que melhor atenda as suas necessidades, para não cair em armadilhas. Ele prevê um panorama positivo para o setor nos próximos anos: - Aos poucos, a cultura do brasileiro vai mudar e a modalidade terá uma importância tão significativa quanto a observada em países europeus.
DE OLHO NA APÓLICE
Preste atenção aos seguintes aspectos de um contrato de seguro:
TIPO DE SEGURO: é a modalidade de seguro contratada.
NÚMERO DO PROCESSO JUNTO À SUSEP: é uma prova de que o contrato tem validade legal. O prazo de vigência deve especificar a data de início e de fim do serviço.
CAPITAL SOCIAL E PATRIMÔNIO: informações da seguradora, atualizadas a cada balanço. Não influenciam a apólice, e sua publicação é relacionada a exigências legais.
DETALHES DO ITEM SEGURADO: devem ser relacionadas características do imóvel.
DADOS DO SEGURO: deve especificar o tipo de cobertura contratada (incluindo opcionais, quando contratados), franquia e valores de cada prêmio. Para não levar sustos em caso de necessidade, convém prestar atenção redobrada aos riscos excluídos.
FORMA DE PAGAMENTO: deve estar clara, incluindo a quantidade de parcelas, os juros e o valor total.
LETRAS EM NEGRITO: têm informações relevantes, como multas, obrigações ou penalidades ao segurado. Os dados do corretor são importantes em caso de problemas ou contatos posteriores.
Saiba mais
- Muitas empresas não emitem apólice se o imóvel for de madeira ou for revestido por material que se incendeie facilmente.
- A freqüência de roubos em imóveis é de, em média, 3% ao ano, enquanto a de incêndio é de 0,5% ao ano.
- A maioria das seguradoras não indeniza em casos de roubo e furto de bens como jóias, metais preciosos e dinheiro. Para obras de arte, há seguros específicos.
- O tamanho do terreno e a quantidade de cômodos não influenciam no prêmio, mas a instalação de sistemas de segurança e imóveis em condomínios fechados podem significar descontos.
- Um contrato básico de seguro residencial pode custar a partir de R$ 30 por ano e deve cobrir pelo menos três incidentes: incêndios, queda de raios e explosões de qualquer natureza.
O QUE SE PODE SEGURAR
- Pode-se segurar a propriedade contra danos materiais, roubos, problemas na execução da obra, incêndios, catástrofes naturais, impacto de veículos ou mesmo de problemas de saúde do proprietário.
- Os preços são sempre definidos de acordo com as coberturas e os valores do imóvel. Para danos físicos, por exemplo, o parâmetro de cálculo é o valor da avaliação inicial da unidade.
FIQUE ATENTO
-Conhecer a abrangência de cada cobertura é uma garantia de que serviços não serão contratados em vão. E, em caso de mudança, a seguradora deve ser avisada imediatamente, pois a cobertura está restrita ao endereço informado. A manutenção e conservação do imóvel também garantem a operação de financiamento.
- O consumidor deve buscar assessoria de um corretor de sua confiança, a fim de identificar o melhor plano para suas necessidades.
- Antes de fechar um contrato, deve-se verificar se o valor referente à indenização é suficiente para recuperar o patrimônio e outros imprevistos.
DICAS
- Antes de contratar o seguro, consulte um corretor para orientá-lo. Os preços e vantagens variam de acordo com cada seguradora, e o profissional pode ajudá-lo a descobrir o que pode ou não lhe ser útil no seu caso.
- Verifique na Superintendência de Seguros Privados (Susep) se a seguradora tem autorização de funcionamento.
- Pesquise e compare os valores dos prêmios de diversas seguradoras.
- Avalie os benefícios extras oferecidos.
- Leia atentamente a proposta e as condições gerais do contrato.
- Quanto maiores os riscos, mais alto será o valor do seguro.
- Certifique-se de que a proposta contém os valores do prêmio, a importância segurada e a cobertura. Assine o contrato somente se estes dados estiverem preenchidos.
- Mantenha o pagamento da fatura em dia. As seguradoras costumam negar indenizações em caso de atraso.
- Veja quais são as condições estipuladas para receber o seguro. Por exemplo, no caso da cobertura adicional contra roubo é importante saber se será necessário apresentar a nota fiscal dos produtos.
- Ao renovar o contrato, tente negociar um desconto.
- Quem mora em apartamento deve saber que, por lei, o condomínio é obrigado a ter seguro contra incêndio e indenização contra danos causados por terceiros. Isso reduz o valor do seguro individual.
- Fique atento ao valor da indenização, já que existe uma quantia máxima de reembolso adotada pelas companhias.
Fontes: Susep e Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg)
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