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Desafio do Setor é tornar o Microsseguro acessível, Diz especialista


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Fonte: rbrs.com.br


"Se você quer desenvolver um mercado deve observar aspectos como a demanda e o acesso da população aos produtos financeiros. Aliás, esse é um dos grandes desafios do microsseguro: ser um seguro acessível às populações mais pobres". A afirmação é de Hennie Bester, consultor financeiro da instituição de crédito sul-africana Finmark Trust, cujo slogan é "Making Financial Markets Work for the Poor" (Fazendo os mercados financeiros funcionarem para os pobres).

Durante o seminário sobre microsseguros promovido ontem pela Fenaseg, em conjunto com a Escola Nacional de Seguros, o executivo afirmou ainda que "não é a regulamentação quem deve decidir que vai 'ganhar' dentro do mercado financeiro. Ela deve apenas selecionar os 'jogadores', para que o consumidor não seja prejudicado".

Aliás, o cuidado com o consumidor é palavra de ordem no microsseguro, principalmente por ser voltado às pessoas de baixa renda, que possuem pouco conhecimento sobre o mercado financeiro e,logo, podem se tornar alvos fáceis de empresários inescrupulosos que queiram se aproveitar dos clientes.

Para evitar prejuízos ao segurado, nada melhor que informação. Ratificando isso, Bester disse ser importante criar canais para que a população passe a conhecer o seguro, afinal, "eu não posso acreditar naquilo que não conheço", afirmou ele.

Algumas formas de apresentação do mercado segurador para esse público têm sido a aquisição compulsória, ou seja, vinculada a outro produto (quando a pessoa é obrigada a consumir um seguro ao pedir crédito, por exemplo); a própria experiência (quando a pessoa procura o seguro após sofrer um sinistro); e a mutualidade (quando um grupo de pessoas se cotiza para compensar os prejuízos de uma delas). Ao falar de mutualidade, Bester lembrou ainda que o seguro surgiu dessa forma. "O seguro começou a partir da necessidade de um grupo de pessoas pobres que se uniram para diminuir os prejuízos em suas pequenas atividades comerciais", contou.

Ainda com relação à mutualidade, Bester chamou de "agregadores" entes como igrejas, escolas e associações, onde as pessoas se conhecem e confiam umas nas outras. "Esses locais são potenciais pontos de vendas para o microsseguro", ressaltou.

(Cynthia Magnani)


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