Notícias

Antonio Cássio afirma que Brasil sairá fortalecido da crise mundial


Fonte:

Fonte: Fenaseg /www.segs.com.br

O Brasil sairá fortalecido desta crise financeira mundial sem grandes conseqüências, aposta Antonio Cássio dos Santos, presidente da Mapfre e da FenaPrevi.

"A indústria de seguros brasileira é uma das mais solventes do mundo; o governo brasileiro tem tomado todas as atitudes para amenizar os impactos da falta de liquidez mundial; e o País continuará seus investimentos para manter o crescimento da economia, que pode não ser o que esperávamos, mas uma evolução de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) é muito significativa", argumenta o executivo durante almoço com jornalistas e convidados durante o evento Athina Onassis International Horse Show, ontem, em São Paulo.

Segundo Santos, a rigidez de normas a que a indústria de seguros brasileira está submetida é algo único no mundo. "O que antes era visto como um fator ruim por engessar a criatividade na gestão dos investimentos agora se apresenta como a solução que pode ser copiada pelo mundo", diz o presidente da Mapfre.

No Brasil, por exemplo, as seguradoras têm regras para aplicar o capital próprio, o que não ocorre na maioria dos países, onde as seguradoras são obrigadas a seguir regras para aplicar as reservas técnicas. "Aqui temos regras para os dois, visando proteger tanto o consumidor, a quem pertence às reservas, como o patrimônio do acionista".

Outra norma diferenciada é que todas as aplicações estão vinculadas à Superintendência de Seguros Privados (Susep). Caso uma seguradora queira vender um imóvel, por exemplo, precisa pedir autorização para o órgão regulador, detentor do penhor jurídico das aplicações. "A qualquer momento a Susep pode bloquear os ativos de uma seguradora", informa Santos. As seguradoras brasileiras também não podem aplicar em derivativos, que tem sido um dos grandes responsáveis pelas perdas mundiais, de forma descoberta. "Apenas para fazer hedge de uma posição financeira", explica.[3]

Santos projeta crescimento perto de 20% para este ano. Para 2009, ele acredita que mundialmente as empresas usarão o primeiro semestre para se adaptar à nova realidade trazida pela crise financeira, para no segundo semestre voltar o crescimento das economias em um outro patamar. "No Brasil, não teremos uma crise. Teremos ajustes. Crescer 3,5% é o mesmo que em 2006, quando foi o melhor ano para a indústria de seguros. E estaremos crescendo enquanto a previsão é de recessão para países da Europa e Estados Unidos", finaliza.


« Voltar