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Turbulência faz demanda por seguro de crédito disparar


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Fonte: DCI Online - www.dci.com.br

A crise financeira internacional tende a refletir-se positivamente no setor de seguro de crédito por conta dos preços, que já estão mais altos, e pelo aumento da procura por apólices. Por outro lado, o risco de crédito será maior, o que levará as seguradoras a ficarem mais conservadoras em relação à subscrição de risco. O número de procura pelo seguro de crédito na Coface, por exemplo, cresceu 120% nos últimos nove meses, principalmente naqueles seguidos da crise. A principal carteira da Coface é a de crédito interno, que cresceu 65% nos últimos meses. "O mercado está aquecido por conta da fase aguda da crise", diz Fernando Blanco, presidente da Coface e da SBCE. Segundo ele, a crise leva as empresas a procurar o seguro de crédito, mas existem operações em que ele não é sustentável, com nível de sinistros muito grande. "Estamos dizendo não para muitas operações", diz.

Segundo Blanco, a Coface já aumentou o preço do seguro, em média, em 10% devido ao risco de sinistralidade maior no atual período. Segundo ele, na pior fase da crise, em setembro, o índice sinistralidade da seguradora atingiu níveis jamais vistos. Em relação ao seguro de crédito à exportação, a seguradora cresceu apenas 0,2%. Para Blanco, o crescimento da exportação foi prejudicado pela valorização do real, pois o mesmo volume de dólares passou a valer menos em reais. "A partir de setembro deste ano, com a desvalorização do real, esperamos que volume de prêmios continue a aumentar".

A Coface tem a maior concentração de risco de crédito na exportação nos Estados Unidos, 21% da carteira, seguido pela Europa, com 19%, e Argentina, 11%, estando os outros 27% diluídos nos demais países da América Latina. Resumindo, a maior concentração de riscos está em países com alta sinistralidade. "A sinistralidade aumentou muito na Coface em Paris", afirma.


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