Este website utiliza cookies
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.
Fonte:
Fonte: Funenseg
Novo modelo com resgate deve dar impulso ao produto, antes visto como supérfluo pela maioria dos brasileiros
Marinella Castro
O seguro de vida individual, com resgate, é a nova aposta do mercado de seguradoras para impulsionar as vendas a pessoas físicas. A autorização pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) do modelo Dotal (que compreende o pagamento de capital à vista, em caso de haver ou não morte),um investimento com dois benefícios simultâneos, promete dar fôlego novo à modalidade, ainda muito tímida no Brasil. É um seguro de vida em vida.
Dados da Susep, de dezembro de 2007, revelam que o seguro de vida, seja individual ou em grupo (adotado por empresas), corresponde a 14% do segmento. "A expectativa é de que o Dotal dê um impulso ao setor. O seguro individual, nos próximos cinco anos deve, sozinho, ocupar 20% do mercado", aposta Roberto Barbosa, presidente da Federação Nacional das Corretoras de Seguros. O modelo Dotal ainda tem pouca oferta no Brasil. Hoje, o produto com reembolso de um percentual da apólice é, em grande parte, oferecido em conjunto com aplicações financeiras variadas. Assim, depois de um tempo determinado, o segurado pode sacar parte do investimento acumulado.
O mercado de seguros movimentou no ano passado R$ 58,6 bilhões. Em empresas, com investimentos específicos na modalidade, como o Banco Bradesco, as vendas do seguro de vida já representam cerca de 30% da carteira, com expectativa de crescimento de 15% a 20% no próximo ano. "Há 10 anos, 40% da população brasileira considerava dispensável ter um seguro de vida. Hoje, apenas 8% da população considera o investimento desnecessário", aponta o Eugênio Velasques, diretor-executivo da área de seguros de vida da seguradora.
A preocupação com a estabilidade financeira dos dependentes pesa na decisão de quem adquire um seguro de vida, mas a possibilidade de um resgate futuro é também determinante. Há três anos, o engenheiro Frederico Ludolf, de 35 anos, adquiriu um seguro de vida que pretende pagar até completar 65, quando poderá sacar o montante acumulado de uma só vez, ou em parcelas. São cerca de R$ 800 por ano, para uma apólice de aproximadamente R$ 200 mil. "Nunca havia considerado a possibilidade de ter um seguro de vida. O resgate é uma proposta interessante, mas a motivação foi a minha filha", comenta.
Como explica o diretor-executivo, responsável pelo Seguro, Previdência e Capitalização do Banco Itaú, Osvaldo Nascimento, essa proposta de investimento é ideal para pessoas que ainda estão formando o seu patrimônio. "Em média, o público que adquire um seguro de vida tem acima de 25 anos." Como a relação de custo é inversamente proporcional à idade, ou seja, quanto mais jovem, mais barato, o investimento não é atrativo para a terceira idade. "O seguro de vida não foi feito para a pessoa ficar a vida inteira. A idéia é que, em média, aos 60 anos, ela pare de pagar e passe a receber", diz o executivo, ressaltando que a possibilidade de resgate já tornou o modelo seguro de vida/VGBL líder da carteira. "No Brasil, a cultura de seguros de vida está em desenvolvimento."
Consumidor pagará a conta das mudanças nos planos de saúde
Fonte: Funenseg
Segundo diretor de operadora, será inevitável repassar ao usuário o custo dos novos procedimentos exigidos pela ANS
Nesta semana os planos de saúde ampliaram a cobertura de procedimentos ambulatoriais e hospitalares, atendendendo determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e oferecendo cerca de cem novos serviços. A medida vale para todos os planos contratados após 1º de janeiro de 1999.
Nesta entrevista, o diretor comercial da Unimed-Londrina, Odair Lopes, explica as mudanças e afirma que é inevitável não repassar o aumento no custo das operadoras para o consumidor no futuro.
''Na medida em que você aumenta a oferta de serviços, tem um impacto financeiro. Este impacto, pelo que a ANS determinou, não vai ser repassado neste momento para os beneficiários. Existem estudos dizendo que o índice (reajuste) vai de 5% a 10%, mas a realidade é que ninguém conhece exatamente qual é a demanda desses serviços''.
Quais vantagens o cliente passa a ter com essas mudanças?
As operadoras de saúde terão que oferecer mais serviços aos seus beneficiários, mais de cem procedimentos que não estavam inclusos, como por exemplo cirurgias de videolaparoscopia, vasectomia, laqueadura, exames na área da genética, e acesso a profissionais não-médicos, que são psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. São serviços que até então custavam relativamente caro para o cliente.
As empresas também saem ganhando?Como prestadoras de serviços, as operadoras têm interesse em oferecer cada vez mais serviços e atender melhor os beneficiários. Muitos destes procedimentos têm um foco direcionado à medicina preventiva, que a longo prazo é conveniente para todos envolvidos na área da saúde, tanto as operadoras, que poderão ter economia, quanto os beneficiários, pelo gozo da saúde.
Por que as operadoras entraram na Justiça?
Não concordamos que seja entregue uma coisa que não foi contratada. Queremos que nos planos antigos, contratados antes da mudança, seja feito um cálculo de modo a compensar estes novos procedimentos. Nos últimos nove anos, metade das operadoras de saúde saíram do mercado. Quando a despesa ultrapassa a receita, o setor fica inviável. Obviamente não é de interesse nem das operadoras, nem dos beneficiários e nem da ANS que o setor desapareça.
Não tem como evitar que o aumento seja repassado ao cliente?
Já é dado como certo que, na medida que você aumenta a oferta de serviços, tem um impacto financeiro. Este impacto, pelo que a ANS determinou, não vai ser repassado neste momento para os beneficiários. Ninguém sabe exatamente de quanto será este impacto. Existem estudos dizendo que o índice vai de 5% a 10%, mas a realidade é que ninguém conhece exatamente qual é a demanda destes serviços. Por conta disso, na medida em que estiver sendo atendida a demanda, será possível encotrar uma forma mais exata para calcular o impacto financeiro. A ANS sinaliza que, em 2009, terá alguma forma de compensação desse aumento na oferta de serviços.
A ANS prometeu multar as operadoras em até R$ 80 mil caso elas cometam alguma infração. O senhor acredita que vai haver muita punição?
Respondendo pela Unimed-Londrina, isso não acontecerá. Suponho que a gente possa, eventualmente, ter algum problema operacional neste momento de implantação, mas estamos totalmente preparados para a implantação da resolução 167. É importante ressaltar que, para o paciente ter acesso a estes serviços, existe um protocolo. O acesso ao serviços de profissionais não-médicos, exames laboratoriais e procedimentos cirúrgicos precisam ser, necessariamente, por indicação médica. O cliente deve procurar o seu médico e, se ele julgar necessário que o paciente utilize estes serviços, fará então o pedido e o cliente terá que se direcionar à operadora, onde será feita a liberação e o agendamento. Não haverá acesso espontâneo dos clientes aos profissionais não-médicos ou qualquer outro procedimento que componha o novo rol.
Alguns usuários reclamam da tarifação por faixa etária nos planos de saúde, que não é justa porque o usuário mais antigo deveria ter certas vantagens de fidelização em vez de pagar mais caro. O que o senhor acha disso?
Sabemos que a sinistralidade é muito mais alta em pessoas mais velhas do que nas mais novas. Se a gente faz uma composição onde eventualmente o cidadão mais velho paga mais, é porque ele utiliza mais os serviços médicos, inclusive com procedimentos mais caros. Se a operadora tem uma carteira composta por milhares de clientes onde a sinistralidade das mais velhas é mais cara, de algum lugar terá que tirar os recursos para pagar isso. Se os mais velhos forem pagar menos, os mais jovens terão que subsidiá-los. Isso não seria justo.
Marco Feltrin
Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência, otimizar as funcionalidades do site e obter estatísticas de visita. Saiba mais.