Notícias

IV Insurance IT Meeting mostra mercado ávido por novas tecnologias


Fonte:

Fonte: Fenaseg

De um lado, um mercado ávido em comprar tecnologias capazes de ampliar a eficiência operacional, baixar custos operacionais e oferecer serviços cada vez mais próximos dos similares ofertados pelo home banking; de outro, empresas de Tecnologia da Informação (TI) que acenam justamente com produtos adequados para atender sob medida às expectativas dos grupos seguradores.

Em síntese, esta foi a tônica do encontro de três dias que reuniu, em Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, representantes do mercado segurador e de empresas de sistemas de informática, no IV Insurance IT Meeting, evento promovido no último fim de semana (de 7 a 9) pela Confederação Nacional de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).

O IV Insurance IT Meeting, realizado nas dependências do Hotel do Frade, teve a participação de 200 pessoas, dispostas a conhecer as soluções para as áreas de Processos, Negócios, Controles Internos, Gestão de Riscos, Compliance e TI. Afinal, o mercado de seguros, que fechará o ano com R$ 1,4 bilhão em investimentos em TI , planeja alocações ainda maiores em 2009, adiantou o presidente da Comissão de Processos e Tecnologia da Informação (CPTI) da CNSeg, Sidney Dias da Silva.

O executivo informa que o mercado anualmente tem investido, em média, 2% dos prêmios emitidos na área de Tecnologia da Informação. Contudo, ele destaca que os investimentos no setor tecnológico podem ser considerados conservadores, porque não incluem o segmento de saúde e capitalização e, no caso de previdência, só engloba a carteira de VGBL. Além disso, dependendo do porte e perfil das seguradoras, os investimentos em TI podem superar a taxa média do mercado e atingir até 2,5% dos prêmios emitidos.

Fora isso, o ano de 2009 promete multiplicar as oportunidades de negócios para os fornecedores de sistemas de informática. Isso porque, lembra Sidney Dias, as seguradoras terão de adquirir sistemas para atender aos novos padrões de relatórios contábeis e financeiros fixados pela Susep para vigorar em 2010, equivalentes aos da International Financial Reporting Standards (IFRS). Também vão procurar nas gôndolas produtos para adaptar seus processos e sistemas de informação aos dos resseguradores estrangeiros que hastearam bandeiras no País desde abril, mês da estréia do mercado livre de resseguro. Por fim, a necessidade de oferecer cada vez mais serviços pela internet, esquadrinhando o chamado banking insurance, deve apressar investimentos do mercado na área de tecnologia, atendendo aos clientes bancarizados de forma mais adequada.



Uma pesquisa, produzida pela Accenture em parceria com a Rating de Seguros Consultoria, reforça as projeções otimistas do presidente da CPTI. O estudo "Indústria Seguradora do Brasil: visão executiva da situação atual e perspectivas para 2015" consultou 25 executivos de seguradoras no País e concluiu que eles estão mais alinhados com a visão mundial em torno da necessidade de investimentos em eficiência operacional. Nesse sentido, destaca o executivo Silas Devai Jr, da Accenture, a tecnologia é percebida como um importante instrumento para a busca de excelência operacional. O estudo informa ainda que, dos investimentos em TI, os componentes de desenvolvimento e manutenção de produtos são considerados prioritários.

Confirmando-se os investimentos, os executivos estão de acordo (60% dos consultados) que o avanço da Tecnologia da Informação vai beneficiar, simultaneamente, a eficiência operacional, a redução de custos (60%) e os controles internos (44%).


A pauta temática do IV Insurance IT Meeting é outra pista do que os fornecedores de solução apostam as fichas. As 16 empresas apresentaram uma gama de soluções, incluindo-se aí sistemas de combate à fraude, tecnologia de pontuação para classificação de riscos associados aos clientes; soluções para otimização de processos de sinistros; gestão de ações judiciais integradas ao negócio; ou industrialização do processo de desenvolvimento de produtos.

Em especial, chamou a atenção a bem-sucedida experiência de compartilhamento de dados do mercado segurador e os benefícios advindos disso, por meio do case da Central de Serviços. Nesse sentido, coube ao diretor Horácio Cata Preta, da Diretoria de Projetos e Serviços da CNSeg, apresentar os trabalhos executados pela Central de Serviços.

Na palestra, ele destacou que o compartilhamento de dados do mercado e de outras entidades foi fundamental para a expansão de produtos oferecidos pela Central de Serviços, que hoje conta com 24 bancos de dados e, em conseqüência, agrega valor aos serviços e apólices do mercado segurador brasileiro.

Horácio Cata Preta enumerou uma série de novos serviços recém-implementados ou previstos para o próximo ano, destacando os benefícios. Entre outros, ele citou o SISCSV (Sistema de Registro de Certificados de Segurança Veicular, cujo alvo é a redução de fraudes com veículos transformados, recuperados e adulterados, por meio de consultas ao banco de dados em janeiro de 2009; ou o chamado RNS - Riscos Patrimoniais (Registro Nacional de Seguros) - cujo projeto está finalizado e na fase de adesão das seguradoras e "entrega de senhas", brincou o diretor.

Para o próximo ano, acrescente-se à lista de novos produtos e serviços o Siscor (Sistema de Controle de Ofertas Preferenciais de Resseguro); Silag (Sistema de Liquidação e Liberação Automática de Gravames de Veículos Indenizados Integralmente); e ainda Cesac/Celiseg (Central de Securitização de Apólices e Contratos de Seguros / Central de Liquidação de Operações de Seguros, Co-seguros e Resseguros).


« Voltar