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Transportadoras têm dificuldade para fazer seguro de produtos e caminhões


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Fonte: G 1

Seguradoras impõem condições, e preços do frete e da mercadoria sobem.
De janeiro a setembro, foram registrados 4.800 roubos de carga em SP.
A falta de segurança nas estradas aumenta o custo de quem precisa transportar cargas. Para as empresas, está cada vez mais difícil fazer seguro de produtos e caminhões. Um empresário que teve dois caminhões roubados em estradas do interior paulista calcula um prejuízo de R$ 500 mil. "É um seguro muito caro o de combustível. Então, a maior parte das empresas não faz seguro", lamenta o empresário, que não quis se identificar.


De janeiro até setembro deste ano, 4.800 roubos de cargas foram registrados no estado de São Paulo. A capital paulista e a região metropolitana responderam por 86% dos casos, que somam mais de R$ 110 milhões, 7% a mais em relação à soma total dos roubos registrados no estado em todo o ano passado.


Combustíveis, produtos farmacêuticos e eletroeletrônicos lideram a lista de cargas roubadas. Para tentar diminuir o prejuízo, as transportadoras recorrem às seguradoras que têm imposto cada vez mais condições para assumir o risco.

"Ou escolta, ou vigia por helicópteros. Existe o gerenciamento sempre variando de acordo com o grau de risco pela mercadoria transportada", afirma Lourivaldo Batista de Sousa, diretor de uma seguradora.

A proibição da circulação de caminhões grandes durante o dia no centro expandido de São Paulo, maior centro consumidor do país, também entrou no cálculo do preço do seguro. Agora, as entregas precisam ser feitas à noite, horário de maior risco de roubos, o que elevou o valor da tabela.

"Tem de agüentar com os custos, que vão refletir no preço do frete e, consequentemente, no bolso do consumidor", diz Muniz Zugaib, presidente do Sindicato das Transportadoras de Carga.

Para diminuir custos, uma transportadora está utilizando veículos menores para fazer as entregas na capital, além de equipar a frota com rastreadores. "Isso faz com que a companhia de seguro consiga oferecer um preço melhor", diz Eraldo Batista, gerente da transportadora.

Para combater roubos na estrada, a Polícia Rodoviária, a Secretaria da Fazenda e os representantes do setor de transporte formaram uma força-tarefa. "Nós colocamos as viaturas em pontos estratégicos das rodovias. Se verificar que ele [o caminhoneiro] está sendo perseguido, acompanhado, não deve continuar sua viagem, deve parar em algum posto de atendimento", orienta a tenente Débora Bueno, da Polícia Rodoviária.


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