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Depois da previdência com seguro, chega a vez dos fundos


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Fonte: Agencia Estado

Seguro irá cobrir morte e invalidez acidental, além de perda de renda por desemprego

Depois do seguro embutido no plano de previdência, na prestação das lojas e no cheque especial chegou a vez de o fundo de investimento ter o benefício. O HSBC coloca nas prateleiras amanhã um fundo de renda fixa que traz na sua estrutura um seguro de vida com cobertura para morte e invalidez acidental, além de perda de renda por desemprego. "O momento é favorável para esse tipo de investimento, mas ele não foi lançado pensando no cenário atual", afirma o executivo-sênior de produtos da HSBC Global Asset Management, Henrique Ferreira. Faz sete meses, segundo ele, que o fundo, inédito no mercado brasileiro e em outros países do mundo, começou a ser estruturado.

O custo do seguro já vem embutido na taxa de administração do fundo, que é de 3% ao ano. A rentabilidade da aplicação não segue um benchmark (referência) formal, mas a expectativa é de que tente buscar o retorno do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), taxa cobrada nas operações de crédito feitas entre os bancos. A aplicação inicial é de R$ 100. A novidade parece atraente, mas, segundo especialistas, é importante comparar com outros fundos do mercado.

"Um investidor consegue encontrar fundos com taxas menores, de 2% ou 1,5% ao ano e, dependendo do volume, até menos que isso", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. Além disso, em outras alternativas de investimentos conservadores - como a compra de títulos públicos pelo Tesouro Direto ou mesmo a caderneta de poupança - o custo pode ser ainda menor. Só vale ressaltar que, nestes casos, não há seguro acoplado. Por isso, antes de adquirir o produto, o especialista recomenda aos investidores pesquisar as alternativas de fundos de investimentos e também as de seguros de vida individualmente.

Cobertura

No fundo do HSBC, o valor da cobertura do seguro leva em conta o saldo médio de aplicação nos últimos dois meses. Nos casos de morte e invalidez, o investidor - ou sua família - recebe uma cobertura de R$ 2,5 mil para investimentos no fundo de até R$ 3 mil no período. Se tiver ultrapassado esse patamar, a cobertura sobe para R$ 50 mil. A cobertura por morte ou invalidez não prevê carência, ou seja, está disponível desde o dia do investimento.

Já a cobertura por perda de renda por desemprego - que só existe caso o saldo médio da aplicação for superior a R$ 3 mil - tem uma carência de 30 dias e pode variar de R$ 250 a até R$ 4 mil por mês, durante no máximo seis meses, até o cliente voltar a trabalhar. Para ter direito à cobertura máxima (que pode totalizar, nos seis meses, R$ 24 mil) é preciso ter mantido aplicada, nos últimos dois meses, uma média de no mínimo R$ 48 mil no fundo.

O seguro-desemprego também vale para profissionais liberais e autônomos que sofram incapacidade física temporária por acidente. É o caso de um dentista que, por acidente, machuca as mãos e, por isso, é impedido de trabalhar. "Quando um trabalhador fica desempregado, a primeira coisa que faz é sacar o dinheiro das aplicações financeiras. No nosso fundo, ele não precisaria resgatar", justifica o superintendente de produtos da HSBC Seguros, André Serebrinic.


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