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Previsul investe em previdência (é isso mesmo)


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Fonte: Amanha.com.br / Por: Grasiela Duarte

Empresa, antes focada exclusivamente em seguros, aproveita o crescimento dos aportes em previdência privada para entrar no segmento. Foco estará nas pessoas de média e baixa renda
Antes do período mais turbulento da crise financeira internacional, as empresas de previdência privada brasileiras vinham experimentando um constante incremento em seus negócios. Prova disso está nos dados divulgados recentemente pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), relativos ao terceiro trimestre deste ano: somente nos meses de julho, agosto e setembro, o mercado previdenciário captou R$ 7,2 bilhões. O valor representa um crescimento de 10,9% em relação aos R$ 6,5 bilhões registrados no mesmo período de 2007. O desempenho chamou a atenção da Companhia Previdência do Sul (Previsul), que, apesar do nome, até hoje tem como carro-chefe de seus negócios o seguro consignado de pessoas - ou seja, de saúde, de vida, etc.

Para impulsionar a atuação da Previsul, que hoje contempla sete estados mais o Distrito Federal, a empresa decidiu oferecer ao mercado serviços de previdência privada. Os clientes da empresa - cuja carteira gira em torno dos 700 mil segurados, sendo 90% deles funcionários públicos com baixos salários - poderão investir diretamente em suas aposentadorias. "Todos os nossos produtos são direcionados para média e baixa renda. Por isso, não haverá valor mínimo mas deverá ser regular", explica Ernesto Pedroso, presidente da companhia. Para isso, ele afirma ainda estar esperando a chancela de um grande banco brasileiro para dar o pontapé inicial do novo negócio em janeiro. O nome do parceiro não é revelado por Pedroso. "Estamos analisando. Temos que tomar cuidado porque estamos lidando com o futuro destas pessoas", afirma.

A companhia, que prevê encerrar 2008 com um faturamento de R$ 150 milhões - 20% a mais que 2007 - ainda não traça uma estimativa para o próximo ano. Para o presidente da Previsul, será preciso manter os pés no chão, já que o cenário de crise e a entrada em um novo segmento devem provocar resultados mais modestos.

Sediada em Porto Alegre (RS), mas com atuação nacional, a empresa já havia solicitado autorização à Superintendência de Seguros Privados (Susep) para atuar com produtos elementares - como, por exemplo, seguro de automóvel e residencial. "Resolvemos deixar os elementares e solicitar liberação para atuar com previdência privada porque já trabalhamos com pessoas e esse produto é oportuno para todos", explica Pedroso. Para o executivo, a sociedade precisa parar de sofrer por não ter garantias do governo para se aposentar. "Em momento de crise, a previdência privada é uma excelente saída porque é regulamentada e fiscalizada", complementa Pedroso.


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