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Fonte: Gazeta mercantil
Na contramão da crise econômica, o segmento odontológico ainda encontra terreno fértil para expansão e cresce a uma velocidade quatro vezes maior que a dos planos de saúde. Com preços acessíveis - ticket médio R$ 12 -, o benefício já é o 3º mais demandado nas empresas, atrás do vale-refeição (2º) e dos planos de saúde (1º).
O motivo de tamanho avanço está no mercado ainda aquecido, nos 88% da população desassistida do serviço e nos custos baixos. Cada empresa nesse segmento se vale de seus diferenciais para alcançar pelo menos os 40 milhões de usuários dos planos de saúde existentes atualmente.
Hoje, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apenas 10 milhões de pessoas têm cobertura odontológica. Mas a busca das empresas por este tipo de plano cresceu 17% em 2007, e projeta-se para 2008 uma alta de 21,5%.
"O produto avança de forma acentuada no pacote de benefícios que as empresas disponibilizam a seus funcionários e dependentes à medida que otimiza a qualidade de vida e melhora a saúde bucal", diz Roberto Medeiros, diretor do grupo N.Raduan, que possui consultoria especializada no segmento de administração de Saúde.
Segundo o executivo, o cuidado com os dentes eleva a auto-estima dos funcionários, influencia diretamente na imagem das corporações, ajuda na retenção de pessoal e reduz a utilização do benefício saúde - especialistas acreditam que 20% das patologias médicas são decorrentes dos problemas de saúde bucal.
Para Wagner Martins, diretor de Desenvolvimento de Negócios do INPAO Dental - Instituto de Previdência e Assistência Odontológica, esse mercado no País vem tendo um crescimento expressivo, mesmo diante da crise que se apresenta neste ano. "Com certeza, em 2009, se ela não se abrandar, empresas deverão reduzir os investimentos em benefícios. Este ano, no entanto, não sentimos os reflexos ainda", diz.
Focada fortemente nas classes sociais B e C, a INPAO Dental acredita na expansão desse segmento, tanto que vai investir cerca de US$ 5 milhões na abertura de escritórios. A primeira cidade será Recife (PE), com mais de 1,5 milhão de habitantes.
Localizada no litoral nordestino, a 800 km de Salvador e Fortaleza, Recife disputará o espaço estratégico de influência na região. "Além disso, o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, prevê investimentos de R$ 35 bilhões no Estado, até 2014", salienta o exeutivo.
A outra cidade a ser contemplada será Belo Horizonte (MG), com uma população de 2,4 milhões de pessoas e um PIB per capita de quase R$ 12 mil. A operadora abrirá unidades também em Maceió, Fortaleza e Porto Alegre nos próximos meses. O objetivo é oferecer planos odontológicos para regiões do País fora do eixo São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo e Bahia, onde a companhia já possui filiais estabelecidas.
"A estratégia de entrar com mais força no nordeste e em mercados com grande poder aquisitivo, visa abastecer regiões ainda carentes de planos odontológicos corporativos e que ainda devem crescer muito nos próximos anos", diz Martins.
Com mais de 300 mil beneficiários, a rede credenciada da operadora é composta por 12,5 mil cirurgiões-dentistas distribuídos por todo o território nacional. A INPAO Dental deverá fechar este ano com um faturamento de R$ 70 milhões, 40% superior ao registrado em 2007, além de registrar avanço de 32% no número de clientes.
Para 2009, a operadora espera que a quantidade de usuários cresça 24%. "Hoje, nosso market share é 3,5%, mas no ano que vem devemos alcançar 7,5%", enfatiza Martins. (Silvana Orsini - InvestNews)
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