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Fonte: Gazeta Mercantil | Especial - Previdência
Setor captou R$ 22,6 bilhões até setembro.
Mesmo corna fusão Itaú-Unibanco, o banco continua à frente na captação de recursos.
Consolidado há pouco menos de 15 anos na atividade dos bancos brasileiros graças à estabilidade monetária e ao avanço do emprego formal, o segmento de previdência privada tem cada vez mais peso para os negócios das instituições financeiras, guiadas tanto pelo aspecto de relacionamento como pela oportunidade de captação de novos recursos para investimentos. Tamanha é a relevância desse mercado para as operações dos conglomerados financeiros do País, que das 89 empresas do setor as 10 que mais arrecadam são vinculadas a bancos, conforme ranking elaborado pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Antonio Trindade, vice-presidente da Unibanco Seguros e Previdência, elenca os principais pontos positivos do negócio para o setor bancário. "É um business de extrema relevância em vários aspectos: é um produto de longo prazo, portanto tende a fidelizar o cliente com nossa instituição, abrindo a oportunidade de novos relacionamentos comerciais ao longo de sua permanência, além de ampliar nossa captação e completar nosso portfólio de ofertas a pessoas física e jurídica."
Tarcísio Godoy, presidente da BrasilPrev, vinculada ao Banco do Brasil, aborda a questão macroeconômica, "Por sermos um banco público, entendemos os efeitos positivos da geração de poupança via previdência, além da aposentadoria, como planejamento tributário, rentabilidade de longo prazo e cobertura de projetos de vida".
De acordo com a classificação das receitas acumuladas pelas seguradoras entre janeiro e setembro deste ano, a Bradesco Vida e Previdência aparece em primeiro lugar, com 35,27% do total arrecadado, seguida por Itaú Vida e Previdência, com 18,87%, BrasilPrev (12,17%), Caixa Vida e Previdência (8,79%) e Unibanco Seguros e Previdência (6,98%), que conta ainda com a parceria da seguradora norte-americana AIG.
Bradesco mantém reinado
Na avaliação do especialista em previdência complementar Keyton Pedreira, o Bradesco não terá o seu reinado derrubado com a fusão Itaú-Unibanco. ''Em número de planos e total captado não vai haver superação. O Bradesco possui hoje 1,4 milhão de planos individuais, o Itaú 840 mil, e o Unibanco, 400 mil", constata.
Para Antonio Trindade, do Unibanco, a criação do superbanco permitirá uma disputa mais acirrada. "O Unibanco tem forte tradição com clientes pessoa jurídica, enquanto o Itaú agrega força no segmento pessoa física. A somatória dessas duas estruturas deve proporcionar uma condição de brigar de igual para igual".
Osvaldo Nascimento, executivo da Itaú Vida e Previdência, destaca o desempenho da instituição que representa. "O mercado de previdência cresceu 20% em setembro de 2008, e o Itaú cresceu 24,4%". Nascimento avalia que a expansão de deve è segmentação. "Oferecemos produtos para públicos diferentes, jovens, pessoas de baixa e média renda e para o público de alta renda", conta.
A disputa por clientes entre as instituições financeiras é evidente num mercado que movimentou R$ 22,6 bilhões em nove meses - crescimento de 19% em comparação com o período de janeiro a setembro de 2007. A maior parte das contribuições foi registrada nos planos Vida Gerador de Beneficio Livre (VGBL), com arrecadação de R$ 16,8 bilhões até setembro. No Plano Gerador de Beneficio Livre (PGBL), que conta com abatimento do imposto de Renda, a captação atingiu R$ 12,6 bilhões.
A competição entre os bancos, que se beneficiam das redes de agencias para distribuir produtos, restringe os negócios das empresas independentes. Sem ligação com alguma instituição financeira nacional, a SulAmérica ocupa a 11ª posição do ranking de captação da Fenaprevi, com R$ 191,1 milhões captados até setembro.
Segundo Renato Russo, vice-presidente da seguradora, para competir de igual para igual com os bancos é preciso apostar em produtos segmentados e com taxas atrativas. "Os produtos são estruturados de forma a privilegiar os investidores de longo prazo. Oferecemos taxas de carregamento de até 0% para os que mantiverem seus recursos aplicados por prazo mais longo e taxas de administração descrescentes de acordo com a capacidade de poupança do cliente", revela.
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