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Seguro de transporte para importações prevê queda


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Fonte: DCI - Comércio, Indústria e Serviços | Finanças | SP

O mercado de seguro de transporte já está preparado para sentir uma queda no volume de prêmios, principalmente na modalidade de seguro de transporte à importação, uma vez que, para representantes do setor, a estimativa é de redução de 30% a 35% das importações já em dezembro de 2008. Para os executivos, o dólar, que está em cerca de R$ 2,35, pode compensar a redução dos prêmios no seguro de transporte internacional, que são atrelados à moeda norte-americana. Além disso a valorização do dólar já torna os preços do seguro à exportação mais atrativos, uma oportunidade para o mercado penetrar no setor, ainda pouco explorado no País por não ser obrigatório.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam de que as importações brasileiras foram, até a terceira semana de novembro, de US$ 159,5 bilhões e as exportações, US$ 181 bilhões. Segundo Paulo Alves, gerente de transportes da Chubb Seguros, cerca de 60% do total da importação do País tem seguro, o que gira em torno de US$ 96 bilhões, ao contrário das exportações, em que apenas 25% do volume é segurado, o que representa US$ 45 bilhões. "Vamos aproveitar o menor preço para conseguir entrar no mercado que consome muito pouco seguro: a exportação."

Em relação ao seguro de transporte à importação, Alves afirma que a massa e o volume de produção se mantiveram estáveis até novembro de 2008, mas em dezembro, quando os contratos de importação serão renovados, as empresas já sinalizam que vão sentir dificuldade de renovação e algumas devem cancelar compras que já tinham fechado. "Em dezembro, sentiremos uma queda no volume de seguros devido à redução de insumos da parte da indústria de autopeças, de automóveis e de equipamentos técnicos."

Para Alves, a redução do volume de prêmios pode ser compensada pelo aumento do câmbio, hoje em cerca de 50%. "Isso compensa a massa de prêmios para fazer frente a sinistros."

Alves Acredita que o mercado de seguro de transporte nacional ainda está aquecido, uma vez que o escoamento de carga cresceu 12% nos primeiros dez meses de 2008, comparado com o mesmo período de 2007. A crise, porém, já adiantou e modificou algumas estratégias da seguradora para os próximos meses. "Mudamos algumas estratégias e adiantamos outras, como a nossa nova parceria para a proteção do transporte de cargas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, que representa 59 associações e sindicatos patronais da construção de todo o Brasil", afirma.

De acordo com Artur Santos, diretor de Negócios Corporativos da Mapfre, o seguro de transporte, seja nacional ou internacional, é influenciado diretamente pela economia do País. Assim, é de se esperar que em 2009 esse seguro sofra reflexos. "Nós já começamos a sentir, ainda muito levemente, a diminuição de movimentação no seguro à importação, mas isso não nos afeta, pois conseguimos conquistar novas contas". Segundo Santos, a Mapfre recebe propostas para seguros de grande porte e a expectativa é de que vão continuar a importar em valores altos.

O mercado de seguro de transporte se prepara para uma queda nos prêmios, principalmente na modalidade de seguro de transporte à importação, e vê redução de 30% a 35% das importações já em dezembro.


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