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Incertezas freiam investimentos agressivos


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Fonte: InvestNews


Em se tratando de previdência aberta, a alocação em ativos de renda variável depende fundamentalmente do produto em questão. Isto porque os bancos oferecem aos seus clientes diversos tipos de investimentos para previdência privada que podem ir desde os mais cautelosos até os mais agressivos, que neste caso, de acordo com a lei, pode atingir até 49% de alocação em ativos variáveis.

De modo geral, os gestores dos planos de previdência privada acreditam em um cenário positivo no médio prazo, entretanto, preferem freiar um pouco os investimentos mais agressivos neste momento. Apesar da desaceleração esperada para a economia dos Estados Unidos, muitos acreditam que o bom ritmo de crescimento global não será afetado profundamente.

Para Guilherme Nogueira Lopes, gerente executivo da área de previdência do Santander, o momento é de movimento de ajuste específico no mercado americano. 'De modo geral, a América Latina está indo num ritmo bastante bom. Minha percepção é de que daqui a seis e nove meses teremos um mercado muito mais vantajoso', analisa Lopes.

Já Hélio Flagon, diretor financeiro da Real Tókio Marine Vida e Previdência, observa que o momento de turbulência que o mercado está passando neste início de ano pode ser tanto uma oportunidade quanto um risco. 'Apesar de ter perspectivas positivas, o mercado financeiro está passando por muita volatilidade neste momento, por isto a melhor opção deva ser montar uma carteira de investimentos e se preparar para encontrar um risco ou uma oportunidade', comenta o diretor.

Ainda segundo Flagon a crise americana está bem mapeada, mas o que ainda não está especificado são suas conseqüências. 'O Brasil está tendo um desempenho espetacular frente a outros países nesta crise. A expectativa de todo é mercado é sobre quando o Brasil vai virar investment grade. Não há dúvidas de que o País alcançará grau de investimento, a grande pergunta do mercado é apenas sobre quando isto vai acontecer', avalia.

Quem também tem boa expectativa quanto ao mercado brasileiro é Marco Barros, diretor comercial da Brasilprev Seguros e Previdência, uma das maiores empresas do setor de previdência complementar do País. 'Embora muitas pessoas estejam vendo um início de ano nebuloso para nossa bolsa, nós não estamos sentindo isto. Em um processo onde se entende que previdência é acumulação de recursos com visão de longo prazo - com horizonte temporal de 10,15 ou 20 anos, acreditamos em um cenário muito positivo. Confiamos que o segredo é ter os objetivos bem definidos e que é preciso diversificar', comenta o diretor. 'E, percebemos que as pessoas estão entendendo isto. Elas não buscam ativos reais e aceitam correr um risco aceitável, pois sabem que sem isto não vão conseguir atingir um bom rendimento ao longo prazo', finaliza.


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