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Educação garantida para os filhos é o principal apelo


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Fonte: Valor Econômico | Da Redação | SP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para que o brasileiro continue comprando, apesar da crise global. Já o diretor de produtos e mercado da Brasilprev, José Eduardo Vaz Guimarães, acredita que o melhor a fazer é poupar. Poupar para os filhos.

No mês passado, diz Guimarães, as vendas da Brasilprev de planos de previdência para menores, o chamado plano Júnior, cresceram 30% na comparação com igual período de 2007. Até setembro, o crescimento tinha sido de 29% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e de 68,8%, quando se leva em conta o desempenho do mês anterior.

A rigor, qualquer aplicação em renda fixa poderia funcionar como um pecúlio para custear os estudos dos filhos - desde que os pais tenham disciplina de fazer depósitos regulares. A diferença básica, no caso dos planos de previdência para menores, é que eles são normalmente associados ao seguro-educação. Funciona como um fundo, mas que, em caso de morte ou invalidez do responsável, garante uma renda mensal.

De fato, garantir uma educação de qualidade e o ingresso em uma boa universidade tem apelo de venda inquestionável para as seguradoras no Brasil, tanto que a participação desse segmento na captação do setor passou de 4%, em 2005, para 7,44%, neste ano.

O crescimento, acredita Gustavo Brandão, superintendente de Produtos de Vida e Previdência da SulAmérica, está em linha com o resultados das pesquisas de opinião, que mostram que as maiores preocupações do brasileiro são saúde e educação, com 36%, e segurança, com 17%, enquanto 95% dos pais sonham em garantir uma boa formação educacional para seus filhos.

Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), os planos feitos para menores foram os que tiveram maior crescimento porcentual da arrecadação entre janeiro e agosto deste ano, último dado consolidado disponível, com alta de 42,8%. No mesmo período, os planos individuais registraram incremento de 18,1%, enquanto os corporativos cresceram 11,2%.

Nesse segmento, a líder em arrecadação é o Bradesco, com 54,89%. A companhia, neste ano, contribuirá com o projeto de educação e formação de jovens do Instituto Ayrton Senna e está distribuindo, na compra do Prev Jovem, bonecos da turma do Senninha.

Em segundo lugar ficou a Brasilprev, com 25,37%, seguida de longe pelo Itaú, com 9,8%. A primeira a lançar planos para menores, há 11 anos, a Brasilprev detém market share de 52% em termos de reservas.

A excelente performance do segmento, na comparação com os demais, continua a atrair novos players. A SulAmérica lançou faz dois meses sua família de planos para o nicho, o Educaprevi. Nesse período, essa família de planos registrou crescimento de 47%, enquanto as demais subiram 22%.

Segundo Brandão, o novo plano oferece um serviço exclusivo, a Assistência Escola Online. Com acesso para clientes, o portal vai oferecer serviço de tira dúvidas, aulas online com conteúdos da 5ª série até o vestibular, revisão de matérias, pesquisa por e-mail e testes virtuais, entre outros recursos. O plano oferece ainda pecúlio e renda por invalidez reversível até os 24 anos.

Os detentores desses planos na Brasilprev são, de acordo com Guimarães, 20% mais leais à instituição que os demais, segundo pesquisa realizada neste ano.

A pesquisa apontou ainda que a idade média do investidor é de 39 anos e a idade média do beneficiário é de sete anos - mas cerca de 20% dos planos tem como principal beneficiário crianças entre zero e dois anos. Como o resgate, usualmente, está previsto para quando o beneficiário completar 18 anos, se nada ocorrer, a venda de plano garante a fidelidade do investidor por, pelo menos, 11 anos.

Guimarães conta que a pesquisa mostra que o anseio de garantir uma boa educação para os filhos é, sintomaticamente, maior nas regiões de menor renda no Brasil. Isto é, os planos para menores representam 51% do total de planos vendidos na região Norte; 47%, no Centro-Oeste; 45%, no Nordeste; 43%, no Sul; e, por fim, 41%, no Sudeste. No geral, os planos para menores somam 500 mil e representam 43% da carteira da instituição.

O pai responde por 89% das compras, seguido por padrinhos, tios e avós. E, normalmente, salienta Guimarães, os planos servem como um instrumento de educação financeira para os filhos, que aprendem a necessidade de poupar para, no futuro, poder adquirir um bem ou poder realizar uma viagem ao exterior.

O tíquete médio é de R$ 90,00. Mas, no setor, é possível comprar um plano por R$ 25,00, menos do que custará o peru de Natal. Os compradores de um plano com este custo mensal na Brasilprev concorrem a prêmios de R$ 50 mil, faculdade, carro, uma casa, além de notebooks.


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