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Alexis Cavichini faz novas previsões para o seguro na APTS


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Fonte: Seguros.inf.br

O livro "A História dos Seguros no Brasil" é apresentado em São Paulo.

Alexis Cavichini, economista, professor de Finanças da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ e idealizador da obra A História dos Seguros no Brasil participou da "Palestra do Meio-Dia", da Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS), na última terça-feira, onde fez um relato atualizado dos números e projeções do mercado de seguros, considerando a crise econômica mundial, que teve início nos Estados Unidos.

Seguro Pós-fusão - Segundo Cavichini, "o grande evento econômico do ano no país, a fusão dos Bancos Itaú e Unibanco, deu origem a um novo ranking de participação das seguradoras no mercado. Além do avanço da Itaú/Unibanco para o segundo posto, o especialista prevê um crescimento acentuado para a BB Seguros, após a compra da Nossa Caixa", que aumentará o seu poder de fogo no Estado de São Paulo, maior mercado de seguros do país. Veja na tabela abaixo.

Segundo o especialista, o crash de 1929 e a crise de 2008 têm em comum a quebra da confiança no sistema. "Enquanto em 29 as pessoas faziam filas nas portas do banco, hoje, com a Internet, os clientes do Lehman Brothers, 4º maior banco do mundo, por exemplo, fizeram saques de madrugada. Quando o banco abriu as portas no dia seguinte, não havia mais dinheiro".

Pela primeira vez, as seguradoras foram abaladas, como é o caso da AIG e de algumas corretoras americanas. "Por causa das contas de previdência privada para aposentadoria, as seguradoras tinham ativos podres na carteira e preferiram ser penalizadas a manter o dinheiro nos bancos", analisou.

Mas, ainda assim, segundo o especialista, não há motivos para pessimismo porque as previsões econômicas para 2009 apontam um crescimento de até 0,5% do PIB na Alemanha, terceira maior economia do mundo, e a média de crescimento do PIB na Europa ocidental deve oscilar entre 0 e 0,5%. "Até nos EUA, onde a crise é mais séria, a expectativa é de que o PIB cresça 0,5% em 2009", afirmou, acrescentando:

"Ganhar dinheiro durante período de crise é mais difícil, mas o Brasil vai imprimir o seu ritmo de crescimento do PIB em torno de 3 a 3,5% e os seguros vão crescer de 7% a 9% a sua participação no PIB em 2009, no embalo das oportunidades de negócios geradas no segmento de pessoas, principalmente PGBL e VGBL, na possibilidade de conquista da carteira do FGTS, que hoje tem em caixa cerca de R$ 208 bilhões, pelas empresas privadas e através do resseguro de vida, um nicho que movimenta US$ 44 bilhões e o não vida, que alcança US$ 176 bilhões".

Tabela: Fusão Itaú/Unibanco muda ranking

O mercado brasileiro ainda é muito concentrado. Somente cinco empresas, a maioria ligada a bancos, possuem 60% de participação no setor de seguros. A fusão do Itaú/Unibanco delineou um novo ranking de participação e promete acirrar, ainda mais, a concorrência entre as companhias no ano de 2009.

Bradesco 23,7%
Itaú/Unibanco 18,3%
SulAmérica 8,7%
Porto Seguro 6,1%
BB Seguros 5,1%

Fonte: Alexis Cavichini

Presidente da APTS elogia a obra - O presidente da APTS, Luis López Vázquez, abriu a palestra do professor Cavichini, dizendo que "o livro A História dos Seguros no Brasil é a maior obra, tanto em conteúdo, como em apresentação e acabamento do mercado de seguros da América Latina. Não há nada parecido, o projeto superou todas as nossas expectativas", afirmou entusiasmado.

O livro, da Cop Editora, foi idealizado pelo economista, professor de Finanças da UFRJ e editor, Alexis Cavichini, que o escreveu em parceria com quatro jornalistas experientes no assunto: Denise Bueno, Jorge Clapp, Paulo Amador e Ubiratan Solino, além do economista Fernando de Mello. Para realização da obra, o editor contou com incentivos da Lei Rouanet e um pool inédito de patrocinadores unindo seis pesos pesados do setor: AON, BB Seguros - Aliança do Brasil, Bradesco, Itaú, Porto Seguro e Prudential do Brasil.


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