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Fonte: DCI - São Paulo - SP p. 11
O mercado de seguros brasileiro deve crescer 4% acima da inflação em 2009. Esta é a opinião do consultor da Escola Nacional de Seguros, Lauro Faria. Para ele, mesmo com a projeção de declínio do Produto Interno Bruto (PIB), para 2,5%, segundo dados divulgados pelo Banco Central recentemente, o segmento vai continuar crescendo. Faria afirma que nos cálculos do crescimento do setor no próximo ano já estão incluídos o aumento do desemprego e a diminuição da renda dos brasileiros.
"O desempenho do mercado está diretamente ligado à renda de cada indivíduo" explica. Segundo ele, apesar de a renda crescer menos devido ao desemprego, a relação do PIB com o faturamento e a renda do brasileiro está em torno de 1,4%, o que significa dizer que o setor ainda está aquecido.
Para Faria, os ramos mais afetados em 2009 pela crise serão os menos essenciais, como o seguro residencial, por exemplo. "É um ramo que cresceu bastante, mas na hora de mais aperto a procura é pelo seguro tradicional e essencial, como automóvel e saúde", avalia.
Para o economista da UFRJ Alexis Cavichini, a inflação baixa estimula a busca pelo seguro de pessoas no País. "As pessoas estão mais adeptas ao produto seguro." Segundo ele, o seguro de pessoas, no exterior considerado como seguro vida, está crescendo no mundo todo. "A estimativa é que as vendas de seguro aumentem em 2%."
Para Cavichini, apesar da crise econômica mundial, o ano de 2008 registrou 18% de crescimento, "índice espetacular para o Brasil". A expectativa do economista antes de a crise estourar, em julho deste ano, era a de que o mercado brasileiro alcançasse um crescimento para 2008 de 20% em relação aos 17% registrados em 2007.
Segundo Sérgio Luiz Tomaz Camilo, vice-presidente comercial da Tokio Marine, o comércio varejista é o setor que ainda foi menos atingido pela crise e espera crescer mais que 2007. Com ele, exceto os produtos atrelados ao dólar, todos os seguros ligados ao comércio também vão ter desempenho positivo no próximo ano, como o seguro prestamista, por exemplo. "A nossa previsão é fechar 2009 com cerca de 15% de crescimento", projeta.
Camilo também acredita que os consumidores vão ser mais cautelosos devido a insegurança gerada pela turbulência internacional, mas para driblar esse medo, as seguradoras devem aproveitar o momento de crise para serem mais criativas e inovadoras. "A Tokio Marine, por exemplo, vai lançar no próximo ano um produto no ramo de automóvel mais simplificado". Para Camilo, a abertura do mercado de resseguro também trará novos produtos e maior competitividade para o mercado ao longo de 2009.
Apesar da desaceleração da economia no próximo ano, especialistas do setor de seguros dizem que o segmento crescerá pelo menos 4% acima da inflação, puxado por ramos essenciais, como vida e saúde.
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