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No mês de outubro seguradoras faturaram 8,8% a mais do que mesmo período de 2007


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Fonte: Negocios para corretores

O mercado de seguros brasileiro passou incólume ao teste do mês em que a crise agravou-se em todo o mundo. Em outubro o faturamento das seguradoras, da ordem de R$ 5,624 bilhões, foi 8,8% superior ao de igual mês de 2007, embora tenha sido o menor crescimento mensal do ano.

Este desempenho ainda garantiu vigor às vendas no acumulado até outubro, que chegaram a R$ 55,372 bilhões, 17,4% acima dos R$ 47,173 bilhões captados nos dez primeiros meses do ano passado, segundo estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem o ramo saúde, sob alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Como nos momentos de euforia anteriores à crise, a atividade de seguros continua influenciada pelo comportamento das vendas dos planos de vida geradores de benefício livre (VGBLs), tidos como de previdência complementar. Sem o VGBL, o crescimento global das seguradoras cairia para 15,4%. O produto cresceu 21,5% até outubro, para R$ 18,662 bilhões, o equivalente a 33,7% do faturamento total do mercado, 1,2 ponto percentual acima a participação registrada em igual período de 2007, situada em 32,5%.

Com a ocorrência de sinistros, as seguradoras devolveram aos segurados, pessoas físicas e jurídicas, R$ 15,285 bilhões, na forma de pagamento de indenizações de seguros diversas, de janeiro a outubro. O montante subiu 8,3% frente ao acumulado em igual idêntico período de 2007, 3,9 pontos percentuais abaixo da expansão da receita de prêmios ganhos, que subiu 12,2%, para R$ 29,054 bilhões. No período, a parcela dos sinistros sobre a receita de prêmios ganhos recuou de 55% para 53%.

O segmento de pessoas, com receita de R$ 9,973 bilhões, apresentou incremento de 14,1% até outubro. Nos seguros de vida e acidentes pessoais, as seguradoras faturaram R$ 7,708 bilhões, 14,9% a mais do que de janeiro a outubro do ano passado. No período, os seguros de vida evoluíram 11,4%, para R$ 5,885 bilhões, com destaque para os planos em grupo, cuja receita de R$ 5,217 bilhões subiu 13,8%. Os planos individuais diminuíram -4,6%, para R$ 667,3 milhões. Por sua vez, o incremento dos seguros de acidentes pessoais chegou a 28%, para R$ 1,823 bilhão. Nos planos coletivos, na casa de R$ 1,552 bilhão, a alta foi de 28,5%.

A expansão de todos os produtos reunidos na carteira de veículos chegou 16,4% nos dez primeiros meses do ano, com faturamento da ordem de R$ 16,913 bilhões. Mas o desempenho específico do seguro de automóvel, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa, ficou em 12,7%, um bom desempenho considerando que em outubro a crise afetara a evolução das vendas de automóveis no varejo, com aperto no crédito. No seguro, que tem fatia de mercado de 22,4%, a segunda maior, as seguradoras chegaram a outubro captando R$ 12,416 bilhões. Já o seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat) faturou R$ 4,196 bilhões, registrando alta de 28,5%.

Os seguros de riscos financeiros, sem a fiança locatícia, chegaram a outubro ostentando o excelente desempenho alcançado ao longo do ano, com vendas 48,6% acima das registradas de janeiro a outubro de 2007. O faturamento dos seguros de garantia contratual pulou de R$ 241,1 milhões para R$ 358,3 milhões. A cobertura de obrigações públicas, a mais expressiva do ramo, cresceu 68,4%, para R$ 180,7 milhões, enquanto a de obrigações privadas aumentou 45,1%, para R$ 107,9 milhões. As apólices de concessões públicas, por sua vez, apresentaram expansão de 46,9%, com prêmios da ordem de R$ 45 milhões.


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