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Previdência dá desconto no IR


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Fonte: Jornal da Tarde - São Paulo - SP p. 4b:Seu bolso

Quem contratar um plano privado até o dia 30 pode fazer o abatimento na declaração de 2009.
Quem pretende contratar um plano de previdência privada tem um bom motivo para fazê-lo até o fim do mês. Isso porque apenas as aplicações feitas até o último dia útil do ano (30 de dezembro) poderão ser abatidas na declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) de 2009.

Esse benefício tributário será concedido ao contribuinte que faz a declaração do IR pelo modelo completo e contrata um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Nesse caso, o investidor poderá descontar até 12% do rendimento bruto anual da base de cálculos do IR de 2009 (cujo ano-base é 2008).

No entanto, é preciso ficar atento aos cálculos, para não correr o risco de cair na malha fina por erros na declaração ao Leão. O abatimento não pode ultrapassar o equivalente a 12% da renda.

Se o contribuinte tem uma renda anual de R$ 100 mil, por exemplo, e aplicar R$ 15 mil na previdência privada (que corresponde a 15% do seu rendimento), o montante que ultrapassar os 12% (ou seja, R$ 3 mil) será tributado normalmente.

Caso a pessoa opte por contratar um plano pelo regime Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), não terá direito ao abatimento de 12%, segundo informações da Receita Federal.

Captação em queda

A crise econômica mundial já começou a afetar a captação das empresas de previdência. O problema é que, para saldar dívidas, muitos investidores deixaram de fazer aportes em outubro - ou foram forçados a sacar o dinheiro da conta. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), o setor registrou uma captação de R$ 2,3 bilhões em outubro, ante R$ 2,4 bilhões do mês anterior, ou seja, houve uma pequena retração.

De qualquer forma, a análise dos dados ainda não fechados de novembro e dezembro já apontam que o mercado deve se recuperar no início de 2009. "Sem dúvidas, a retração do setor de previdência é um efeito da crise. Mas o impacto foi pequeno", disse o vice-presidente da Fenaprevi e da SulAmérica, Renato Russo.

A questão é que, mesmo com a queda de outubro, as empresas de previdência privada registraram um grande crescimento no acumulado de 2008. "O bom ritmo do crescimento foi interrompido em outubro por causa da crise, mas mesmo assim crescemos 16% no ano", comemorou.

O especialista lembra que, apesar da crise, o plano de previdência é uma boa alternativa de investimento, seja para garantir a aposentadoria, facilitar a compra de um bem ou pagar a faculdade dos filhos.

Antes de contratar um plano de previdência, os consumidores podem fazer simulações nos próprios bancos para verificar quanto será necessário investir mensalmente de modo a alcançar determinado valor de aposentadoria.

Ao contratar um plano, o investidor deve ficar atento aos encargos cobrados pelas empresas. Um deles é a taxa de administração, que remunera o gestor da carteira, e outro é a taxa de carregamento, porcentual que incide sobre as contribuições."

OPÇÕES

REAL

Plano: RealPrev Fix

Investimento inicial: R$ 50

Contribuições mensais: R$ 50

Taxa de administração: 3% a.a.

Taxa de carregamento: até 3%

HSBC

Plano: HSBC Previdência PGBL

Investimento inicial: R$ 50

Contribuições mensais: R$ 50

Taxa de administração: 3% a.a.

Taxa de carregamento: 2% a 4%

UNIBANCO

Plano: Prever Renda

Investimento inicial: R$ 200

Contribuições mensais: R$ 80

Taxa de administração: 2%

a 2,5% a.a.

Taxa de carregamento: até 5%

BRADESCO

Plano: PGBL Proteção Familiar

Investimento inicial: R$ 150

Constribuições mensais: R$ 50

Taxa de administração: até 3% a.a.

Taxa de carregamento: variável


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