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Ano bom para o setor de veículos


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Fonte: Diário do Comércio - São Paulo - SP p. 1

A indústria automobilística encerrou o ano melhor do que se esperava, revelou ontem o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze. Em 2008, as vendas só de automóveis e comerciais leves alcançaram 2,671 milhões, alta de 14,06% ante 2007. No total, os distribuidores venderam 4.849.497unidades, crescimento de 14,15% em relação a 2007. Perto da previsão de alta de 20%.

As vendas totais de veículos novos somaram 345.447 unidades em dezembro, um crescimento de 11,54% sobre novembro e queda de 16,39% sobre igual mês de 2007. Apesar de creditar a "freada" na queda das vendas em dezembro às medidas adotadas pelo governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF),

o executivo disse que a situação ainda não está normalizada. "Temos recusa cadastral muito elevada, assim como os juros, que ainda estão altos."

O presidente da Fenabrave adiantou que a entidade deverá rever a projeção de 2009, de queda de 19% nas vendas, para alta de 3%, e ainda poderá ampliar esse número em março, quando acaba a redução do IPI para carros zero quilômetro. "Se a economia não tiver nenhum novo abalo e se não tivermos um movimento maior de demissões na indústria, acredito que o setor poderá evoluir", disse. Ele destacou que mesmo que as vendas deste ano fiquem no mesmo nível de 2008, já será excelente.

A Fiat manteve a liderança nas vendas de automóveis novos e comerciais leves em 2008 com participação de mercado de 24,62%, segundo a Fenabrave. A Volkswagen ficou com o segundo lugar com 21,91%.

Entre os modelos mais vendidos em 2008, o Gol aparece em primeiro lugar com 285.949 unidades e participação de 32,52%. O Palio, em seguida, vendeu 197.224 unidades (22,46%).

Jornada As incertezas em relação a 2009 levam as empresas a reduzir a produção. A Volkswagen estuda diminuir a semana útil na fábrica do Paraná. A Renault suspendeu, nesta semana, mil contratos de trabalho na fábrica paranaense. Os funcionários receberão, por cinco meses, parte dos salários da empresa e parte em forma de seguro desemprego e cursos profissionais bancados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) (leia mais na pág. E5).A produção será reduzida pela metade, de 620 para 310 unidades ao dia. A PSA Peugeot Citroen deu licença remunerada a 700 trabalhadores até março, e a General Motors, novas férias coletivas a 5,5 mil funcionários.

Avenda de veiculos novos foi beneficiada em dezembro pela redução de impostos do governo, mas os pátios das montadoras continuam cheios, como o da Renault, em São José dos Pinhais, no Paraná.


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