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Fonte: Valor Econômico - Nacional - NA p. 10
Luiz Carlos Trabuco Cappi assumiu a presidência do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência em março de 2003. Desde então, a seguradora dobrou de tamanho e é hoje a maior companhia do setor na América Latina. A empresa detém um quarto do mercado brasileiro de seguros, previdência e capitalização.
A receita da seguradora saiu de R$ 12 bilhões em 2003 para mais de R$ 20 bilhões. O lucro líquido saltou dos R$ 612 milhões naquele ano para R$ 2,1 bilhão em 2008, considerando os nove primeiros meses, último dado divulgado. Em ativos, a seguradora passou de R$ 33 bilhões para R$ 77 bilhões.
A Bradesco Seguros respondeu no terceiro trimestre por 35% do lucro do banco, dez pontos percentuais acima do que era em 2003. Mesmo após a fusão do Itaú com o Unibanco, que tirou do Bradesco o título de maior banco privado brasileiro, a seguradora seguiu como um dos poucos segmentos onde o Bradesco ainda é o Eder no mercado nacional.
Uma das principais marcas de Trabuco na seguradora foi a estratégia de segmentar as operações da empresa, segundo um consultor que conhece o trabalho do executivo. Durante sua gestão, a Bradesco Seguros deu passos importantes, como parar de vender seguro saúde para pessoas físicas, apólices que davam prejuízos, e se focar nos contratos com empresas. Hoje, metade dos prêmios da seguradora vem da área da carteira de saúde. Em 2008, a seguradora decidiu criar a Bradesco Dental, focada em planos odontológicos.
Outra decisão foi a venda de participações não estratégicas em outras seguradoras, como a Indiana, focada em seguro de automóveis, e da Áurea, focada em seguro de crédito. Ao mesmo tempo, a seguradora decidiu manter os investimentos que tem no IRB Brasil Re, resseguradora controlada pelo governo, e ainda incentivar a reestruturação da empresa.
Nos últimos anos, Trabuco vinha falando pouco com a imprensa, o que para alguns j á indicava sinais de mudança. Samuel Monteiro, diretor geral da seguradora, era quem mais comentava os balanços.
Em 2007, Trabuco foi nomeado presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), uma das quatro federações criadas para cuidar do setor. "Certamente é um reconhecimento ao trabalho que desenvolveu à frente da atividade seguradora do grupo Bradesco", afirma em nota João Elisio Ferraz de Campos, presidente da CNSeg (a confederação nacional das seguradoras).
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