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Prêmios de seguro direto crescem 11% no ano passado, em Portugal


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Fonte: Diário Digital / Lusa

O volume de prêmios de seguro direto em Portugal cresceu mais de 11% em 2008, graças ao ramo Vida, atingindo 15,3 mil milhões de euros, o equivalente a 9,1% do PIB português, revelou ontem a associação do setor.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) destaca que, com este crescimento da atividade seguradora em relação ao ano anterior, o rácio em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), que exprime a penetração do seguro na economia, alcançou o maior nível de sempre, superando o nível médio da União Europeia, que em 2007 equivalia a 8,7%.

Foi o crescimento do volume de negócios do ramo Vida, em 17%, que ditou a evolução positiva, já que no ramo não vida houve uma retracção, sobretudo no sector automóvel.
No ramo vida, o total dos prêmios atingiu quase 11 mil milhões de euros, com os Planos Poupança Reforma (PPR) a pesarem muito positivamente.

Os prêmios ou contribuições para os PPR aumentaram 44%, para perto de 2,5 mil milhões de euros.

A APS considera que 'este aumento indicia claramente que os portugueses têm maior consciência que as reformas da Segurança Social não chegam para assegurar padrões de rendimento e níveis de vida equivalentes aos do período de vida ativa'.

Além disso, defende que 'o contrato de seguro PPR é o instrumento ideal para a aplicação de poupanças individuais a médio e longo prazo, oferecendo garantias de estabilidade e segurança, mas sem retirar a quem as aplica o poder de dispor do seu patrimônio'.
No sentido inverso ao do ramo Vida, o volume dos prêmios do segmento Não Vida caiu 2,0%, para 4,3 mil milhões, com forte influência dos seus dois maiores ramos ou sub-ramos, sobretudo o automóvel, com uma queda de 7,0%, e os acidentes de trabalho.

A redução das vendas no sector automóvel e a tendência de descida do prêmio médio cobrado aos clientes contribuíram para este decréscimo do volume de prêmios do seguro automóvel.
'Mais grave', considera a APS, apesar de menor dimensão, é a descida verificada nos seguros de acidentes de trabalho, pois é 'reflexo, em parte, da diminuição da atividade econômica'.
No segmento Não Vida, a APS realça a continua expansão do ramo Doença, a crescer 9,0% em 2008 'uma evolução (...) explicável pelas insuficiências e ineficiências dos sistemas de saúde públicos', entre outros fatores.




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