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Seguradoras já registram perdas significativas com seca no Sul


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Fonte: DCI - Adriana Peres / www.segs.com.br -

A seca no Sul do País já causa prejuízos para as seguradoras que atuam no seguro agrícola.

A Mapfre, por exemplo, já registrou 700 apólices sinistradas por dia só no Paraná, onde a seguradora tem maior participação no seguro agrícola, que já apresenta 45 mil hectares comprometidos, cerca de 80% da safra . "As perdas vão ficar acima de R$ 10 milhões", avalia Cristina Ribeiro, gerente de Seguro Agrícola da Mapfre. Segundo ela, no início da safra, a sinistralidade média estava em 50%, hoje já atinge em torno de 90%. "Isso impacta nos preços, já que o seguro agrícola no Brasil é uma carteira nova e não temos um volume de prêmios acumulados para cobrir catástrofe", afirma.

Para Cristina, o que alavancou o seguro agrícola foi a subvenção do governo federal, somando do R$ 176 milhões para 2009. "A Mapfre tem origem agrícola nos últimos três anos o ramo cresceu 20%. Em 2008, o crescimento foi de 35% em relação a 2007".

Segundo Geraldo Mafra, diretor da Seguradora Brasileira Rural, "as perdas com a seca são significativas, mas a quantidade ainda não foi mensurada", informa. "Estamos na fase de verificar se a perda foi parcial ou total", explica o executivo. Para Mafra, além da seca, o que pode impactar no crescimento do seguro agrícola é a falta de recursos do mercado devido a crise, que reflete no custo do insumo e e na capitalização do produtor.

Segundo Mafra, dos R$ 176 milhões subvencionados pelo governo para o seguro rural, a demanda pelo seguro no mercado é de R$ 272 milhões, o que equivale a um prêmio de R$ 600 milhões anuais. "Com a estiagem, o governo deve colocar mais recursos no setor", projeta.

Para Mafra, o produtor está mais consciente em relação aos riscos de perdas. "A cultura do produtor no Sul está mudando". Mafra salienta que, além da Brasileira Rural, as seguradoras que atuam no setor agrícola no Sul são a Allianz, a Mapfre e a Nobre.


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