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Fonte: Valor Econômico | SP
O numero de insolvências no Brasil poderá aumentar 25% este ano e atingir 1.500 empresas, em conseqüência da deterioração econômica e dificuldades no acesso ao crédito.
A projeção é da empresa alemã Euler Hermes, líder mundial de seguro de crédito (que protege contra inadimplência), com presença em 50 países, milhares de empresas monitoradas e 800 bilhões de euros de transações protegidas.
No caso do Brasil, a seguradora desde 2003 leva em conta apenas as falências para estabelecer seu índice. Em 2002, quando o conceito incluía outros processos de recuperação que atrasam pagamentos, as insolvências no país tinham chegado a 25.707.
Até o primeiro semestre do ano passado, o Brasil resistiu à crise global e cresceu 6%. E é o que explica a forte baixa de 36% nos sinistros nos nove primeiros meses do ano.
Desde então, a primeira economia da América Latina foi atingida pelo choque da crise mundial, baixa na demanda externa e queda nos preços das matérias-primas.
A seguradora considera inevitável a desaceleração da demanda interna, diante do alto custo do crédito no país e da baixa nas atividades este ano. Acha que os investimentos em infra-estrutura anunciados pelo governo do presidente Lula não serão suficientes para compensar o freio na demanda individual e a baixa das exportações.
A conseqüência será o aumento das falências das empresas, numa reviravolta da tendência dos últimos anos. Desde 2003, quando passou a levar em conta apenas as falências, as estatísticas sobre insolvência no país caíram 20% em média por ano.
O número menor ocorreu justamente no ano passado, com apenas 1.200 falências. As projeções da Euler Hermes levam em conta um universo de 5,7 milhões de empresas no Brasil em 2006, com 92% delas empregando menos de cinco assalariados. Do total, 48% estavam no comércio, 20% nos serviços a empresas e 10% na indústria.
A tendência agora de alta no Brasil está na média internacional. Globalmente, a previsão é de que as insolvências podem crescer 25% este ano. Isso com um conceito amplo, a ponto de alertar que, em alguns países, os tribunais poderão ser submergidos por processos de empresas ao longo deste ano.
De acordo com o estudo da seguradora alemã, as insolvências na Europa ocidental poderão atingir 197 mil empresas este ano, sobretudo pequenas e médias. A França registraria o maior numero de sinistros empresariais, com alta de 12% e 62.700 empresas atingidas.
No Reino Unido, o incremento esperado na insolvência é de 25% e 38 mil empresas afetadas, representando as mais diferentes atividades econômicas.
A Euler Hermes é subsidiária do grupo alemão Allianz, e seu seguro de crédito dá proteção a empresas no caso de o cliente deixar de pagar suas obrigações comerciais, por causa de insolvência ou por ter deixado de pagar na data prevista.
As ações da seguradora foram severamente sancionadas neste começo do ano, perdendo 25% em Paris. Os investidores se inquietam da alta de sinistros. Temem que a baixa do consumo e acesso mais difícil ao mercado de crédito afete a liquidez financeira das empresas mais do que inicialmente se previa.
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