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Segmento de cobertura de veículos prevê ritmo mais lento


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Fonte: DCI OnLine | Seguros | SP

O setor de seguros para automóveis deve sentir o impacto da crise este ano. O cenário do setor automotivo, que conta com alto nível de estoques e recuo na produção, também deve afetar as vendas de seguros. A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) já estima recuo no ritmo de crescimento na arrecadação de prêmios para o ramo de automóveis este ano. Se em 2008 o mercado deve ter crescido em torno de 11% a 12%, segundo estimativas da Fenaseg, em 2009, esse nível pode cair quase pela metade e ficar em torno de 5% a 7%.

"Mas é uma projeção conservadora", explicou o diretor da federação, Neival Rodrigues. Ele comentou que essa estimativa toma como base dois fatores. Além do próprio ambiente de crise, que pode conduzir a um movimento de desaceleração na economia brasileira, é preciso contar com o provável recuo nas vendas de novos veículos este ano, já detectado por institutos de pesquisa.

Atualmente, o volume de carros segurados no País gira em torno de 11 milhões, sendo que, até novembro do ano passado, dados oficiais da Susep, citados pelo executivo, apontam que esse mercado dispôs de R$ 13,9 bilhões em volume de prêmios arrecadados. "Pode ser que, com os dados até dezembro, esse volume atinja R$ 15 bilhões."

O diretor do ramo de automóveis da Porto Seguro Marcelo Sebastião comentou que a empresa tem acompanhado de perto as evoluções do setor automotivo, e debatido possíveis efeitos para o ramo segurador. "O mercado está bastante instável. Mas nós entendemos que, em ambiente de crise, as pessoas procuram proteger seus bens", disse, comentando que as renovações de seguros pode manter o mercado aquecido. O ramo de automóveis representa cerca de 65% do total da carteira da empresa.

Já o diretor-geral da Bradesco Auto/RE, Ricardo Saad, foi cauteloso ao fazer uma análise. A empresa foi criada em 2004, integra o Grupo Bradesco e faturou R$ 2,155 bilhões até setembro. "Ainda é cedo para fazer uma avaliação sobre a influência do atual cenário para o setor. Creio que só poderemos ter uma visão mais clara sobre isso a partir do segundo trimestre".


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