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Fonte: Gazeta mercantil
Pelo que mostra o primeiro balanço de 2008 de uma empresa de capitalização, divulgado nos últimos dias pela Brasilcap, o mercado dos chamados títulos da sorte deve contabilizar crescimento próximo de 15% no ano passado e continuará bastante aquecido em 2009. A companhia de capitalização do Banco do Brasil se antecipou às concorrentes e à própria autarquia reguladora do setor - a Superintendência de Seguros Privados (Susep) - e divulgou os números referentes à atividade de janeiro a dezembro de 2008, com destaque para resultados históricos em faturamento, acumulação de volume de reservas e retorno sobre o patrimônio líquido.
Com apenas 14 anos em operação no País, a Brasilcap fechou 2008 como a número 1 do segmento. O faturamento registrou expansão de 9,6% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 2,1 bilhões - valor que representa 26% dos R$ 8 bilhões movimentados por cerca de 30 empresas até novembro. As reservas administradas pela instituição somavam R$ 3,1 bilhões em dezembro, expansão de 17,3% sobre 2007. O retorno patrimonial alcançou a marca de 149%.
Márcio Lobão, presidente da Brasilcap, enfatiza a eficácia da gestão dos recursos financeiros das vendas dos títulos para justificar os números e o drible na crise. "O retorno sobre o PL ficou em 149%. No mesmo período de 2007, foi de 56%. Nossa carteira de investimento apresentou rentabilidade de mais de 107% do CDI [certificado de depósito interfinanceiro]. No ranking de receitas, rompemos a casa dos R$ 2 bilhões pela primeira vez. Não existe nenhuma empresa com esse faturamento em todo o segmento de capitalização", diz.
Perto de seguros
O lucro líquido da Brasilcap em 2008 ficou em R$ 221 milhões ante R$ 78 milhões em 2007. A venda de ativos da Telemar contribuiu com R$ 117 milhões ao desempenho. Desconsiderando esse valor, o peso da capitalização para o resultado geral do Banco do Brasil fica próximo ao ganho da carteira de seguro de automóveis, que gerou lucro líquido de R$ 169 milhões até setembro do ano passado.
"A capitalização é um produto financeiro que se encaixa muito bem dentro de uma rede bancária, tanto é que todos os grandes ‘players" são ligados a banco. É seguro e tem um aspecto lúdico. Troca a rentabilidade agressiva pela oportunidade de ganhar prêmios", destaca Lobão. Segundo ele, a Brasilcap vai premiar, em média, um a cada oito títulos em 2009. "Claro que há prêmios grandes e pequenos."
Em 2008, dos 1,5 mil títulos vendidos, 41 mil títulos foram sorteados, com R$ 68,1 milhões distribuídos em prêmios. Lobão conta que o BB foi a única instituição financeira a devolver 100% das mensalidades pagas em casos de resgate. O executivo diz ainda que, com o lançamento do título Flex (atrelado à renda variável), o banco conseguiu devolver até mais que 100% das mensalidades.
Para Rita Batista, presidente da comissão de produtos da Federação Nacional de Capitalização (Fenacap), os bancos estão de olho na fidelização gerada pelos títulos da sorte. "É um produto de longo prazo. O cliente começa poupando com seus títulos e pode se tornar um consumidor de produtos de investimentos. Ir da capitalização para o CDB ou algum fundo de investimento", comenta.
Na avaliação de Rita, 2008 foi um ano de transição para o mercado de capitalização, com as empresas obrigadas a seguir novas regras impostas pela Susep. Mas as mudanças já estão sendo percebidas. "Notamos pela conversa com todas as empresas que o consumidor está mudando de comportamento. Está ficando mais tempo no título, com o objetivo maior de guardar dinheiro, não só comprar e esperar o sorteio para depois pedir o resgate. Com isso, as reservas têm mais espaço para crescer e acompanhar o nível de faturamento, que sempre crescia mais forte."
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Luciano Máximo)
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