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Fenacor prevê queda no ritmo de expansão


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Fonte: Jornal do Commercio RJ | Seguros | RJ

O crescimento do mercado de seguros em 2009 será bem menor que nos anos anteriores, em decorrência da crise financeira, na avaliação do diretor da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Paulo Thomaz. Para ele, é quase impossível manter o ritmo de expansão conquistado nos últimos anos, quando as vendas da atividade de seguros subiram acima de 15%, bem mais que o Produto Interno Bruto (PIB) e que a média de outros segmentos da economia nacional. Se conseguirmos fechar o ano com incremento de 10% já estará muito bom, diz.

Paulo Thomaz teme principalmente pelo desempenho do ramo de pessoas. Na visão dele, com as demissões em massa verificadas em muitas empresas de médio e grande portes, as seguradoras vão sentir um reflexo imediato na captação de receitas de prêmios nos seguros coletivos de vida, acidentes pessoais e saúde, além dos planos de previdência complementar aberta.

Esse problema, segundo ele, é agravado pela cultura enraizada entre o empresariado nacional que tende a considerar como custo o seguro, oferecido como mais uma vantagem para os seus empregados. O empresário acha que seguro é despesa e, nos momentos de crise, acaba cortando ou reduzindo a oferta desse benefício para o empregado. Infelizmente, na há a percepção de que o funcionário pode produzir mais e melhor se tiver a garantia do seguro, observa.

AUTOMÓVEL. Paulo Thomaz sustenta que os corretores de seguros detectaram uma redução no ritmo de vendas a partir do último bimestre do ano passado. A queda atingiu inclusive o carro-chefe do mercado, o seguro de veículos. Ele explica que mesmo com a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de veículos novos, as vendas permaneceram mornas, afetando a atividade de seguros. O mercado ainda é, infelizmente, alavancado pelo seguro de automóvel. Quando esta carteira apresenta queda, todos são afetados, explica.

De acordo com o diretor da Fenacor, esse cenário deve permanecer ao longo do primeiro semestre. Ele entende que é possível esperar uma ligeira recuperação a partir de julho, mas não suficiente para manter o crescimento acelerado dos anos anteriores. Estamos preocupados, sim, conclui Paulo Thomaz.


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