Notícias

Swiss Re receberá aporte de US$ 2,6 bi de Warrem Buffet


Fonte:

Fonte: Gazeta Mercantil

A Swiss Re, gigante dos seguros, disse ontem que estava recorrendo ao bilionário investidor Warren E. Buffet para obter uma injeção de capital, enquanto o Deustsche Bank e o banco Santander anunciaram previsões sóbrias, lembretes de que a crise de crédito ainda tinha de percorrer seu caminho.

A Swiss Re, com sede em Zurique, disse que receberia cerca de U$ 2,6 bilhões da Berkshire Hathaway, a holding de Buffet, e consideraria levantar outros US$ 1,7 bilhão em títulos se o mercado suportasse isso. A companhia também divulgou uma perda líquida relativa a 2008 de cerca de US$ 862 milhões.

Buffet tem-se movimentado de maneira oportunista desde o início da crise financeira , fechando acordos para investir US$ 5 bilhões no Goldman Sachs e US$ 3 bilhões na General Electric Company, ganhando dinheiro em ambos os casos.

Em um comunicado ontem, Buffet disse que estava "satisfeito" com o acordo com a Swiss Re, e ficou "muito impressionado" com o principal executivo da companhia, Jacques Aigrain, e sua equipe administrativa.

A Berkshire já tem negócios com a Swiss Re. Em janeiro de 2008, ela entrou em um acordo para a divisão de quotas com a Swiss Re por meio do qual ela adquiriu 20% dos seus negócios voltados para propriedades e sinistros em troca e ao mesmo tempo adquiriu 3% de suas ações.

A Berkshire "é uma fonte muito forte de capital e liquidez e não há muitas deste tipo por aí neste momento", disse Mark Nicholson, analista a Standard & Poors Equity Research em Londres.

O capital da Swiss Re foi esgotado por perdas de US$ 5,2 bilhões nas suas operações no mercado financeiro, incluindo as perdas de marcação a mercado de US$ 1,7 bilhão para seus investimentos em credit default swaps. A companhia de seguros disse que havia extinto seu grupo voltado para o mercado financeiro a fim de se concentrar em seu principal negócio, no qual ela assume riscos originados por seguros para ajudar outros seguradores a diversificar seus portfólios.

A companhia suíça fez seu anúncio enquanto o Deustsche Bank, maior banco da Alemanha, divulgava uma perda relativa ao quarto trimestre, de 4,8 bilhões de euros, ou US$ 6,2 bilhões, em comparação com um lucro de 1 bilhão de euros no mesmo período do ano anterior. Ela também divulgou uma perda de 3,9 bilhões de euros para 2008. Os resultados estavam alinhados com as previsões feitas pelo banco em janeiro. "Olhando para a frente, vemos condições muito difíceis para a economia global", diz em um comunicado Josef Ackermann, chairman do Deustsche Bank. Ele disse que elas iriam representar "desafios significativos para nossos clientes e para a nossa indústria".

Embora, mais tarde, ele tenha dito em Frankfurt que estava esperançoso a respeito de 2009. "Com toda a apropriada cautela, isso nos dá confiança para 2009. Estamos certos de que o Deustsche vai emergir da crise".

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(The New York Times)


« Voltar