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Seguradora não é exemplo para companhias brasileiras


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Fonte: Gazeta Mercantil

Pelo baixo nível de exposição aos altos e baixos da bolsa de valores e por conta de regras bastante limitadas de aplicação de ativos, a chance de uma seguradora brasileira seguir o exemplo da AIG, tomada as devidas proporções, é nula, na avaliação do consultor econômico da Escola Nacional de Seguros (Funenseg), Lauro Faria. "O problema da AIG foi ligado ao mercado de crédito imobiliário nos Estados Unidos. As seguradoras passaram a fazer seguros de crédito imobiliário com contratos de derivativos. Esse mercado não se desenvolveu por aqui, são os bancos que originam os empréstimos e os seguram até o final."

Tanto é que as maiores perdas da AIG não vêm do negócio de seguros, mas do braço de serviços financeiro da organização, a AIG Financial Services. Como um banco de investimento, a seguradora operou sem restrições com "credit-default-swaps" (CDS), instrumento de derivativo considerado exótico, que protege investimentos. Com o estouro da crise e milhões de aplicadores vendo seus ativos se desmaterializar, a AIG ficou sem caixa para cobrir o rombo. "Os números do mercado segurador nos últimos três meses de 2008 provaram que não tínhamos sido claramente afetado pela crise, o que é uma boa indicação de capacidade de resistência", diz Faria, lembrando que seguradoras brasileiras têm limitações para aplicar na bolsa e não podem investir seus ativos no exterior.

L.M

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(L.M.)


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