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Fonte: Negócios para Corretores
Novas regras de solvência e a abertura do mercado de resseguros são os principais destaques do setor para este ano.
Com o crescimento do setor de seguros no país a Susep (Superintendência de Seguros Privados) acredita que o ano de 2008 será muito promissor para o mercado de seguros. A forte demanda existente por serviços, favorecida pelo atual momento econômico que vive o país, principalmente com a implementação da abertura do resseguro, é uma das principais ferramentas de administração de risco e fornecimento de capital para as seguradoras.
A Diretoria da entidade pretende reforçar neste ano a importância da Autarquia, não apenas como entidade reguladora do mercado, mas também como órgão de fomento, sempre focado no interesse do consumidor. Dentre os seus principais planos para o setor estão incentivos ao crescimento dos microsseguros e a ampliação da participação do mercado segurador no PIB brasileiro. O mote principal, no entanto, está na regulamentação do mercado de resseguros e na implemento das regras de solvência com a atualização de alguns marcos regulatórios que deverão estar concordância com os padrões internacionais.
Bons ventos para o setor
De acordo com o presidente da Susep, Armando Virgilio, as perspectivas com a abertura do mercado de resseguros são muito promissoras. "As novas regras irão permitir, efetivamente, condições reais para um crescimento acelerado de resseguros, a partir deste ano, não só pelo acirramento da concorrência, com a conseqüente redução nos preços praticados, mas também pela criação de novos produtos, de novas tecnologias e de uma nova experiência para o setor", afirma.
Outro fator importante para o mercado é a aplicação das novas regras de solvência do mercado segurador. As operadoras de seguros terão de ter capital mínimo exigido para atuar no mercado brasileiro, fator deverá abrir caminho para a entrada de seguradoras e resseguradoras estrangeiras no País.
Com relação à aplicação das novas regras de solvência, Virgilio esclarece: "A Susep, nesse aspecto, atendeu reivindicações do mercado segurador, e as seguradoras têm um prazo de até quatro anos para ajustarem seu patrimônio líquido, contado a partir de 1º de janeiro de 2008. Evidentemente, cada empresa está buscando as próprias estratégias para se adequar às novas regras estabelecidas pela Resolução CNSP nº 178/2007. Porém, não existem dificuldades em relação a essa questão. As regras são especificas tanto para a operação em resseguro quanto ao capital mínimo requerido para autorização e funcionamento das sociedades seguradoras". Virgílio lembra também que o mais importante é que as sociedades seguradoras se ajustem ao nível de risco de seu segmento e que as práticas de gerenciamento de risco permitam o cumprimento dos compromissos assumidos.
A venda de seguros no País tem aumentado significativamente e isto se deve à disseminação da cultura do seguro. A sociedade tem se conscientizado sobre a necessidade de realizar a cobertura securitária de seus bens, serviços e da família. Com a viabilização do seguro popular, a expectativa é de o setor cresça ainda mais, pois será uma forma de disseminar esta cultura por intermédio da inclusão social.
Economia aquecida
Acredita-se também que o atual momento econômico da economia brasileira poderá ser muito proveitoso para todo o mercado segurador. Em segmentos como o de seguros para automóveis o crescimento na demanda foi bastante acentuado nos últimos anos. "O ramo automóvel tende a crescer sua receita em até 15%, devido à performance da indústria automobilística e o conseqüente aumento das vendas de automóveis, puxado pela oferta de crédito no mercado, além dos seguros nas áreas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), das PPP´s (Parcerias Público-Privadas) e dos seguros de crédito", acrescenta o presidente.
Outro ramo que reserva boas expectativas para 2008 é o de seguros de pessoas, categoria que engloba as apólices educacionais, de eventos aleatórios, de turismo, dentre outras O balanço divulgado pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) indica que o segmento movimentou no ano passado R$ 10,6 bilhões em prêmios ante R$ 9,3 bi apurados em 2006. O grande destaque foram os seguros prestamistas, produto que garante o pagamento de dividendos do segurado em caso de sinistro. Para esta modalidade, o crescimento registrado foi de 41,69%.
O dólar em baixa, a economia aquecida e o aumento do poder aquisitivo do brasileiro foram responsáveis também pela maior procura por seguros turísticos. Os preços mais atraentes para viagens dentro e fora do Brasil fizeram com que a demanda pela contratação destas apólices crescesse em dezembro do ano passado 52,68% em comparação com o mesmo período do ano retrasado. E as perspectivas para este nicho de mercado continuam boas a se confirmar o bom desempenho da economia brasileira neste ano.
Com tantas mudanças no setor e com o incremento da procura por apólices de seguro, a atividade do corretor passa a ganhar cada vez mais importância. "O papel do Corretor de Resseguros, cuja atividade está regulamentada pela Resolução nº 173/2007, do CNSP, será de suma importância na prestação de serviços técnicos, atuando como intermediário na colocação do resseguro e retrocessão", afirma Virgilio.
A responsabilidade do profissional de corretagem aumentará ainda mais, pois será dele o papel de acompanhar a colocação do resseguro e de toda a operação por ele intermediada. Importância que se estende aos seguros também, que há muito tempo deixaram de ser somente uma prestação de serviços das seguradoras. As apólices cumprem hoje uma importante função social, que é a de proteger bens, serviços, momentos felizes e, sobretudo, pessoas.
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