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Fonte: Valor Econômico | SP
A Coface, seguradora especializada no mercado de crédito, fechou 2008 com crescimento de 81% nos prêmios, para R$ 52,1 milhões. O lucro cresceu 99% e ficou em R$ 6,3 milhões.
Mesmo com a melhora dos indicadores, a seguradora prefere não comemorar os resultados. Dona de 54% do mercado brasileiro de crédito, em 2008 houve um forte aumento dos sinistros, principalmente nos últimos meses do ano, por conta da crise.
A média mensal de comunicação de sinistros saiu de 60, chegou a 122 no final do ano passado e agora está em 150. O seguro de crédito protege as empresas contra inadimplência de fornecedores e clientes. Em tempos de crise e a piora do cenário, o volume de calotes aumentou.
Para enfrentar a piora do mercado, a seguradora aumentou as reservas técnicas, de R$ 21,4 milhões para R$ 38,7 milhões. Outra medida foi criar uma reserva extra de R$ 1,5 milhão. Além disso, a maior parte do risco assumido está alocado no mercado ressegurador internacional. A Coface também diminuiu a parcela de risco que assume em cada contrato, que já foi de mais de 80% e agora caiu para 25%.
"Estamos felizes com os resultados, mas não vamos estourar champanhe", diz Fernando Blanco, presidente da Coface Brasil, subsidiária do grupo francês, um dos maiores do mundo no mercado de crédito. Os dados divulgados ontem não incluem as operações da SBCE, maior seguradora brasileira de crédito para exportação, que a Coface assumiu o controle no ano passado.
Em 2008, a seguradora conquistou novos clientes. O total de apólices emitidas saltou de 68 para 96, das quais três novas grandes foram conquistadas em plena crise. O número poderia ter crescido mais ainda, mas a seguradora optou por ser mais conservadora. "Recusamos várias apólices", diz Blanco, dizendo que ocorreu forte aumento de demanda. Mesmo assim, a Coface encerrou o ano com uma carteira de R$ 16,4 bilhões em riscos de crédito administrados no Brasil, alta de 50,4%.
Para 2009, a seguradora também prefere mostrar cautela e não espera repetir as taxas de crescimento de 2008. Segundo Hércules Pascarelli, diretor financeiro da Coface, a seguradora trabalha com a expectativa de manutenção de carteira de clientes. Com isso, prevê prêmios e lucros menores.
Em tempos de crise, a matriz na França determinou aumento das taxas cobradas dos clientes. Com isso, as apólices podem ficar até 30% mais caras.
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